quinta-feira, 2 de maio de 2024
Tarifa de energia deve subir neste mês em Goiás

Tarifa de energia deve subir neste mês em Goiás

A tarifa de energia elétrica no Estado de Goiás será reajustada no final do mês. É certo que haverá aumento e pode ser acima de 10%.

8 de outubro de 2022

A tarifa de energia elétrica no Estado de Goiás será reajustada no final do mês. O aniversário contratual é no dia 21, data em que o aumento deverá ser anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo analistas do mercado ouvidos pelo EMPREENDER EM GOIÁS, é certo que haverá aumento. E pode ser acima de 10%. Entretanto, deverá ser menor que o reajuste médio do ano passado nas tarifas de energia elétrica no Estado, que foi de 16,4%.

Com as condições atuais, impactadas pela redução do ICMS sobre energia elétrica de 25% para 17%, no final de junho, e outros fatores, o reajuste deverá ser inferior ao aplicado em outubro de 2021. Aliás, no ano passado, o EMPREENDER EM GOIÁS adiantou que o aumento seria em torno de 15%.

Representante da indústria no Conselho de Consumidores de Energia Elétrica no Estado de Goiás (Conceg), Wilson Oliveira pontua que a inflação está controlada, o dólar se mantém relativamente estável, as chuvas voltaram, aumentando o volume dos reservatórios, e a bandeira tarifária permanece verde desde maio deste ano. Isto significa que as condições de geração de energia no País estão boas, sem necessidade de acionar usinas, como as termoelétricas, que encarecem o custo.

A inflação é um fator importante nesse reajuste automático, assim como o dólar, moeda em que é comprada a energia gerada pela binacional Itaipu. Os custos para as empresas do setor também aumentaram muito desde o ano passado, principalmente por causa da valorização do dólar.

Complexidade

Entretanto, Oliveira pontua que o cálculo do reajuste é complexo e envolvem mais do que os custos de compra e transmissão de energia, encargos setoriais e impostos, previstos em leis e regulamentos federais. “Os subsídios que a Aneel concedeu, por exemplo, para a energia fotovoltaica e para o mercado livre de energia são suportados pelos consumidores, assim como valores decorrentes de perdas com furto e roubo de energia”, pondera. Ele defende que o Congresso Nacional precisa com urgência regular esses subsídios.

No ano que vem a Aneel fará a revisão tarifária, realizada a cada cinco anos, e que geralmente tem impacto maior no aumento dos preços aos consumidores. Na última revisão, em 2018, o reajuste seria de 18%, mas, ao final do processo, ele ficou em 21%, por vários fatores. “Esperamos que não onerem muito os consumidores, mantendo um certo equilíbrio”, defende Wilson Oliveira.

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