quinta-feira, 2 de maio de 2024
Aumento dos combustíveis, inflação e juros altos, além de incertezas sobre a economia causaram retração nas vendas.
As vendas de carros novos caíram 4,5% no ano passado em Goiás em relação a 2021. Segundo levantamento do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Automotores de Goiás (Sincodive-GO) e da Fenabrave. Os dados mostram que foram emplacados 73.313 automóveis e comerciais leves em 2022 no Estado, menos que os 76.754 em 2021.
A boa notícia é o crescimento de 19,5% nas vendas de motocicletas, de 41.221 para 49.268 unidades em relação ao período comparado. Já o segmento de caminhões e ônibus também registrou resultado negativo (-1,5%).
Aumento dos preços dos combustíveis, inflação alta, declínio da renda e incertezas nos cenários econômico e político brasileiro influenciaram na queda das vendas de veículos novos no Estado, afirma o diretor executivo do Sincodive-GO, Lincon Vargas da Silva.
Segundo ele, a falta de componentes na produção que restringem a oferta de modelos mais acessíveis e mudanças de tecnologia também contribuíram para a queda das vendas no setor. “Até mesmo a Copa do Mundo e a guerra entre Rússia e Ucrânia afetaram as vendas”, completou.
Para 2023, segundo o executivo do Sincodive-GO, as incertezas ainda se mantêm com a alta nos preços dos combustíveis; guerra na Ucrânia, que segue sem previsão de desfecho; crescimento das infecções de Covid-19 na China, que ameaça o fornecimento de componentes eletrônicos às montadoras; e quais serão as medidas que o governo Lula deve adotar para permitir a redução dos juros da economia.
O mercado de crédito para veículos tem desacelerado nos últimos meses. Com o aumento da inadimplência, os bancos estão ficando mais restritivos sobre crédito”, frisa. Os calotes em financiamento de veículos estão em 5,5% ante um patamar histórico de 3%. Mesmo assim, o Sincodive-GO prevê aumento de 3,5% nas vendas de veículos (automóveis, comerciais leves, motos, caminhões e ônibus) este ano em Goiás, um pouco acima da média nacional de 3,3% anunciada pela Fenabrave para o país.
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