As mudanças promovidas pelo Banco Central não devem facilitar a aplicação de golpes via Pix, mas é importante manter a atenção. Confira.
O Banco Central (BC) divulgou no início deste ano as novas regras do Pix. Mas, elas podem facilitar golpes? Para Ingrid Barth, fundadora e COO do banco digital Linker, do grupo Omie, as mudanças não devem facilitar a aplicação de golpes via Pix, mas é importante manter a atenção. “Fraudadores sempre tentarão encontrar brechas, especialmente em modalidades novas, mas o BC está atento e os usuários, sejam empresas ou pessoas físicas, podem tomar medidas simples para evitar golpes. Não podemos deixar de nos beneficiar da inovação financeira pelo medo, precisamos apenas estar sempre bem informados e atentos”, diz.
Com as próprias funcionalidades do Pix, o empreendedor pode evitar golpes e fraudes. Confira as dicas:
Caso haja suspeita de fraudes, os empreendedores podem notificar a instituição bancária que deve bloquear preventivamente os valores que foram utilizados em transações realizadas nas últimas 72 horas.
Assim como o Banco Central, as demais instituições financeiras que disponibilizam o sistema Pix devem implementar medidas que garantam a proteção de dados. Alguns cuidados extras que os bancos podem oferecer é a possibilidade do empresário consultar mais informações vinculadas a determinada chave Pix ou viabilizar um mecanismo de segurança que confirme compatibilidade dos dados com o BC.
Esse mecanismo permite que as instituições bancárias, quando notificadas de uma suspeita de fraude, registrem uma marcação na chave Pix, no CPF/CNPJ do usuário e no número da conta do usuário. Essas informações são compartilhadas com os demais bancos para consulta quando necessário.
Cadastrar a chave Pix recebedora na conta bancária antes de realizar a transferência pode evitar transações para chaves inseguras e/ou desconhecidas.
O empreendedor pode compartilhar uma chave aleatória caso precise receber um Pix de empresas ou pessoas que não estejam em sua agenda de transações habituais. Dessa forma, evita passar dados sensíveis da empresa.
Algumas pessoas ainda desconhecem o fato de que o cliente pode estabelecer seus próprios limites de transação, menores do que aqueles que a instituição fornece. Uma dica para se proteger é revisar e diminuir os seus limites, principalmente em horários fora dos horários comerciais onde o fluxo de pagamentos normalmente é maior.
Não realizar pagamentos por links desconhecidos/maliciosos também pode ajudar que o empresário seja vítima de fraudes. Desconfie de propostas ou ofertas de serviços muito mirabolantes ou condições muito fora das praticadas no mercado. Na dúvida, não clique ou entre no link.
Novas medidas de segurança sempre estão sendo criadas, seja pelas instituições financeiras, Banco Central ou empresas de telefonia. Fique sempre atento e informado para se atualizar e se proteger ao máximo. Não tenha medo de perguntar ao seus parceiros financeiros aquilo que não esteja claro, e não tenha vergonha de expor suas dúvidas. Dessa forma você está protegendo o seu negócio e seu dinheiro.
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