segunda-feira, 6 de maio de 2024
Indústria terá de qualificar 300 mil em Goiás

Indústria terá de qualificar 300 mil em Goiás

Essa demanda refere-se tanto a profissionais que devem passar por cursos técnicos, superiores e de pós-graduação.

10 de abril de 2023

Entre 60% e 70% deverão ser requalificados para se manterem nos postos que ocupam ou ascender a outros

Até o ano de 2025, 300 mil trabalhadores terão de ser qualificados em Goiás apenas em ocupações industriais. É o que revela o estudo Mapa do Trabalho 2022-2025, realizado pelo Observatório Nacional da Indústria. O objetivo é identificar demandas futuras de mão de obra e orientar a formação profissional da base industrial no País. Dessa demanda, entre 60% e 70% deverão ser requalificados para se manterem nos postos que ocupam ou ascender a outros. Segundo o diretor de Educação e Tecnologia do Sesi e Senai em Goiás, Claudemir Bonatto.

“Temos novas vagas e oportunidades surgindo. Mas a grande demanda tende a ser para atender à mudança do perfil industrial, mais voltado para a tecnologia e a automação industrial”, diz Bonatto. De fato, estudo da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), mostrou que 800 mil profissionais dessa área deverão ser formados até 2025.

“O desafio é imenso”, reconhece Bonatto. Essa demanda refere-se tanto a profissionais que devem passar por cursos técnicos, superiores e de pós-graduação. Em 2021, foi lançado o desafio de qualificar em Goiás até 2025. Só nessa área, 100 mil profissionais nas áreas de tecnologia da informação e comunicação, para funções como manutenção de computadores, redes, programação, desenvolvimento, software, segurança cibernética, jogos, internet das coisas.

Reestruturação

O último dado de Goiás, revela Bonatto, apontou que 22% da meta do desafio haviam sido alcançados. “Estamos caminhando para suprir essa demanda”, afirma. Para tanto, explica, a indústria goiana está investindo na reestruturação de sua infraestrutura física e tecnológica para a formação de profissionais. Em novembro de 2022, o presidente da Fieg, Sandro Mabel, anunciou o investimento de R$ 1 bilhão até 2026 em seu Projeto de Expansão da Rede de Ensino Sesi e Senai em Goiás.

Bonatto explica que a meta de trabalhadores qualificados é praticamente o dobro do número verificado em 2022, ano que fechou com 160 mil alunos matriculados. Desde a educação básica, profissional e superior (graduação e pós). Para alcançar a meta, ele estima que 70% dos estudantes serão atendidos por meio da educação a distância (EAD).

O diretor de Educação do Sesi e Senai em Goiás pontua que todas as atividades da indústria dependem fortemente de tecnologia e inovação, automação, robótica, segurança digital. Ele destaca que, além de dotar os alunos das competências técnicas e práticas, a rede busca desenvolver também as capacidades cognitivas. “São importantes também as competências socioemocionais”, ressalta.

Trabalho em equipe, relacionamento, capacidade de resolver problemas complexos e encontrar soluções baratas, pensamento crítico também são trabalhados para o desenvolvimento integral dos alunos.

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