A multinacional sueca inaugurou escritório em Anápolis e tem plano de investir mais de R$ 200 milhões no município goiano. Mas há desafios.
A multinacional sueca Saab inaugurou escritório em Anápolis (GO) e tem plano de investir mais de R$ 200 milhões no município goiano. A empresa, de defesa e segurança, é a fornecedora dos caças Gripen E para a Força Aérea Brasileira (FAB). Os investimentos têm o objetivo de dar suporte à entrega e manutenção dessas aeronaves. Contudo, a empresa já vislumbra potenciais novos negócios no Brasil a partir de sua operação em Goiás.
O primeiro grande investimento é a instalação do equipamento de simulação de voo do avião de caça Gripen E na base aérea de Anápolis. A novidade representa um avanço significativo no treinamento dos pilotos da FAB que vão operar as aeronaves. O equipamento foi fabricado em Linköping, na Suécia, e é considerado um dos mais avançados do mundo, com capacidade de simular até mesmo situações de combate aéreo e bombardeios.
A estrutura que está sendo montada em Anápolis é mais operacional, de suporte e treinamento. A Saab tem escritórios comerciais em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Além disso, possui fábrica de aeroestruturas e equipamentos em São Bernardo do Campo (SP), um centro de desenvolvimento em parceria com a Embraer em Gavião Peixoto (SP).
Entretanto, Anápolis tem potencial para ser um polo de tecnologia aeronáutica. Além de sua localização central no Brasil, possui um aeroporto de cargas que falta ser concluído. Com espaço e estrutura para receber investimentos de multinacionais da área. Em fevereiro passado, uma comitiva da Defesa Sueca visitou a cidade, composta pela Agência de Exportação de Segurança e representantes da Saab.
Mas, existem desafios para tornar Anápolis um polo de tecnologia no setor. Segundo Åsa Juskär, gerente geral do escritório da Saab na cidade, há muita dificuldade (das multinacionais) de entenderem “as complexas leis fiscais brasileiras” para compra, transporte, e importação de peças. Além disso, ela cita falta de mão de obra especializada e que “poucas pessoas ainda falam inglês em Anápolis”.
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