A estimativa é do Sindiposto com a unificação da alíquota do ICMS em todos os Estados. O aumento médio no Brasil deve ser de 16 centavos.
O preço do litro da gasolina pode ter aumento de até R$ 0,29 nestes próximos dias nos postos de combustíveis em Goiás. A estimativa é do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto). Motivo: a partir desta quinta-feira (1/6), haverá unificação da alíquota do ICMS da gasolina em R$ 1,22, em todos os Estados. Até ontem, o imposto era calculado em uma porcentagem que variava de 17% a 23%.
Em nota, a Secretaria da Economia informa que o reajuste será de R$ 0,27 em relação à cobrança atual. O cálculo é feito com base no percentual de 17% sobre o preço médio do produto vendido nas bombas. No Brasil, de acordo com estimativa do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), haverá aumento médio de R$ 0,16 por litro no preço da gasolina.
Presidente do Sindiposto, Márcio Andrade avalia que a tendência é de que esse reajuste seja repassado para o consumidor final. “Como é um imposto, é difícil não aplicar o reajuste”, analisa. Como os preços são livres, cada empresário definirá se repassará o aumento e de quanto ele será.
Por outro lado, Márcio Andrade afirma que o aumento de agora vai anular a recente redução dos preços por parte da Petrobras. “Para nós, o ideal seria que fosse como aconteceu com o diesel, em março, quando não houve impacto. Porque a Petrobras anunciou a redução quando houve a unificação do ICMS, de modo que o consumidor não sentiu diferença”, diz.
Para os revendedores, o ideal seria não ter aumento, argumenta Márcio. “Para nós, quanto mais barato, melhor”, afirma. Ele argumenta que aumento de imposto sempre é ruim para o comércio varejista de combustíveis. “Queremos vender mais, ganhamos em escala”, justifica. Isso porque, com o orçamento mais baixo, muitos consumidores racionam os gastos com combustíveis.
A padronização já havia sido adotada em maio deste ano para o diesel, o biodiesel, o GLP (gás de cozinha) e o gás natural em Goiás e no país.
Segundo o governo estadual, o impacto na arrecadação de ICMS em Goiás será de um acréscimo mensal em torno de R$ 30 milhões. Ou de R$ 215 milhões neste ano. No entanto, destaca que, com lei sancionada pela União no ano passado, a perda de ICMS estimada para 2023 é de R$ 5,5 bilhões.