segunda-feira, 6 de maio de 2024
Custo da construção para de aumentar no Estado

Custo da construção para de aumentar no Estado

Depois de forte alta na pandemia, custo da construção apresenta estabilidade em Goiás, mas os preços dos imóveis continuam a subir. Entenda.

11 de julho de 2023

O custo da construção civil tem apresentado estabilidade neste ano em Goiás. Isto, depois de apresentar altas de até 20% ao ano durante a pandemia, o que também elevou consideravelmente os preços dos imóveis novos no Estado. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Goiás (Sinduscon-GO), o Custo Unitário Básico (CUB) apresentou alta de 1,05% em junho em relação a maio deste ano. O valor referencial do custo médio por metro quadrado é de R$ 2.349,35 em Goiás.

Apesar disto, no acumulado deste ano (janeiro a junho) este aumento dos custos no setor é de 2,12% em média. Nos últimos 12 meses, de 3,14%. Para comparação, o IPCA acumula alta de 2,87% no primeiro semestre deste ano e de 3,16% nos últimos 12 meses. Portanto, o custo da construção civil em Goiás tem acompanhado a inflação oficial do País.

Entretanto, o setor ainda prevê elevações graduais nos preços dos imóveis nos próximos dois anos. Segundo o Sinduscon-GO, para corrigir uma defasagem de aproximadamente 10%. Presidente da entidade, Cezar Mortari afirma ao EMPREENDER EM GOIÁS que esse índice é a diferença entre o CUB e o IPCA dos últimos três anos.

Recomposição

“É uma situação que vivemos nos últimos 40 meses, que está se normalizando, mas o CUB ainda está acima do IPCA”, afirma. Mortari frisa que há exatos dois anos, em junho de 2021, no auge da pandemia, o CUB chegou a registrar 19,9% ao ano. Contudo, desde esse recorde, manteve a tendência de queda. Para ele, a tendência é de a inflação do setor da construção acompanhar os índices oficiais da inflação, entre 3% e 4% ao ano, nos próximos meses.

“Trata-se de uma defasagem antiga, não quer dizer que o preço vá subir agora, de uma vez. Mas ainda haverá recomposição”, diz. “Quem vem de empreendimentos longos, não pode ficar atrás do IPCA, é preciso recompor”, justifica.

O presidente do Sinduscon-GO afirma ainda que o valor real do custo unitário do setor seria de pelo menos R$ 4 mil o metro quadrado. Isso porque na formação dos custos não estão considerados itens como fundações, rebaixamento do lençol freático, elevador e equipamentos. Além de instalações como aquecedores, bombas de recalque, incineração, ventilação, playground e serviços complementares, como urbanização, recreação e ajardinamento.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não será publicado.