A expectativa da CBIC é que sejam construídas cerca de 500 mil moradias por ano com o novo programa federal Minha Casa, Minha Vida.
O novo programa federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV) deve gerar aproximadamente 300 mil novos empregos na construção civil em todo o País. Segundo prevê o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e sócio-diretor da Vega Incorporações, Renato Correia. A expectativa é de que 500 mil moradias serão construídas por ano. Isto deve fazer saltar o número de empregos de 2,7 milhões para 3 milhões até o fim de 2026.
Para Renato Correia, o desafio continua sendo reduzir o déficit de moradias no Brasil. Para isso, é preciso que haja continuidade dos investimentos para que a indústria da construção civil ganhe eficiência. “Se não for assim, acabamos gastando mais para fazer o que poderíamos fazer gastando menos. Para o orçamento que a União vai dedicar ao programa no ano que vem, seriam necessários, em vez de R$ 9,5 bilhões na faixa 1 (famílias com renda mensal de até R$ 2.640), entre R$ 18 bilhões e R$ 20 bilhões. Isto para garantir a continuidade das obras e feitas mais contratações”, diz.
Atualmente o déficit habitacional no Brasil está em torno de 6 milhões de moradias. Mas para o presidente da CBIC, é difícil dizer nesse momento se haverá redução significativa com o novo MCMV. “Estamos há 14 anos, praticamente, trabalhando com o programa. Já produzimos mais de 6 milhões de habitações e o déficit habitacional, que era de 6, 7 milhões de moradias, continua nesse mesmo patamar”, afirma.
Renato Correia, no entanto, avalia que há um amadurecimento com a realização de sucessivos programas de habitação no Brasil. “Vemos com bons olhos um alinhamento melhor entre as diferentes esferas de governo. Porque a nossa população tem baixa capacidade de renda para aquisição, necessita de subsídios. Somando subsídios dos governos federal, estadual e municipal, cria-se a condição de atender um número maior de pessoas que buscam a sua moradia própria”, frisa.
Outro grande avanço destacado pelo dirigente é o aumento do teto de financiamento do MCMV, que passa a ser de R$ 350 mil. “Esse valor antes na casa de R$ 265 mil agora será unificado. Isso vai ajudar a abastecer o mercado de imóveis que está com limitação de financiamento por causa dos juros. O novo programa representa uma solução para um grande problema para esta faixa, devido à falta de recursos”, afirma.
O governo estima que, com as novas regras, até o final do ano serão entregues mais 8 mil unidades habitacionais e a retomada de 21,6 mil obras. A meta é contratar 2 milhões de moradias até 2026, incluindo a possibilidade de acesso ao programa por populações em situação de risco.
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