sábado, 4 de maio de 2024
Alíquota do IVA pode chegar a 30%, diz IMB

Alíquota do IVA pode chegar a 30%, diz IMB

O Instituto Mauro Borges simula a alíquota do novo imposto caso o Senado aprove a reforma tributária sem mudanças.

2 de agosto de 2023

Erik Figueiredo: “O IMB é a primeira instituição nacional a propor o uso de dados públicos para calcular a alíquota do texto atual da reforma tributária”

O Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas (IMB) divulgou simulação sobre a alíquota do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) para o Brasil. A análise apontou que o imposto será de 29,01%. Se o Senado aprovar sem mudanças o atual projeto de reforma tributária, que já teve aval da Câmara dos Deputados. O cálculo do IMB usou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IMB também calculou o impacto de cada uma das exceções incluídas no texto sobre a alíquota base. Em síntese, a Zona Franca de Manaus majora a alíquota base em 0,81%. O simples nacional é responsável por 2,43% e as demais exceções computam um aumento de 2,98% na alíquota base. A análise de sensibilidade dos resultados indica que a estimativa da alíquota geral pode variar entre 27,3% e 30,7%, diante de flexibilizações razoáveis das hipóteses adotadas.

A análise utilizou dados do IBGE de 2018. O intuito, como destaca o diretor-executivo do IMB, Erik Figueiredo, é tonar os resultados facilmente verificáveis. “O IMB é a primeira instituição nacional a propor o uso de dados públicos para calcular a alíquota do texto atual da reforma tributária. Com isso, contribuímos para um debate transparente com toda a sociedade”, enfatizou.

Ronaldo Caiado

O governador Ronaldo Caiado abordou o tema em seminário que debateu os impactos da proposta que altera o sistema tributário brasileiro, na última segunda-feira (31/7) em São Paulo (SP). No encontro, o chefe do Executivo goiano reiterou que, com base no texto atual, o IVA no Brasil deve ser o maior do mundo. “A previsão da alíquota do IVA não foi divulgada para discussão. Mas os cenários apontam que iremos ultrapassar os 30%”, pontuou.

O titular da Secretaria-Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, destacou que o Brasil irá liderar a carga tributária. “Hoje o país com a maior carga tributária do mundo é a Hungria, com 27%. A nossa alíquota que era para ser próxima a 25%, para ser neutra, chegará a 29%. E se forem feitas outras concessões ela vai aumentar ainda mais. Iremos liderar a carga tributária do mundo”, frisou.

Saiba mais: Reforma tributária: entenda o que deve mudar

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