domingo, 28 de abril de 2024
Corte nos juros será despercebido pelo consumidor

Corte nos juros será despercebido pelo consumidor

Confira quanto o consumidor deve economizar no financiamento de um veículo ou de uma geladeira com a redução dos juros básicos do BC.

3 de agosto de 2023

No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador pagará apenas
 R$ 0,81 a menos por prestação 

A redução da taxa Selic (juros básicos da economia) para 13,25% ao ano terá pouco impacto no crédito e nas prestações. Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Por causa da diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo. Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 126,23% para 125,22% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 62,21% para 61,46% ao ano. A Selic passou de 13,75% para 13,25% ao ano.

Por exemplo: no financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 0,81 a menos por prestação. Ou R$ 9,73 a menos no valor final com a nova taxa Selic. O cliente que entrar no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a menos. Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,20 a menos. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 11,32 a menos por parcela. Ou R$ 679,10 a menos no total da operação.

As empresas pagarão R$ 62,64 a menos por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias. Ou R$ 24,98 a menos pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias. E ainda R$ 2,67 a menos pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.

Investimento

A Anefac também produziu uma simulação sobre o impacto da nova taxa Selic sobre os rendimentos da poupança. Com a taxa Selic de 13,25% ao ano, a caderneta só rende mais que os fundos de investimento quando o prazo da aplicação é curto e a taxa de administração cobrada pelos fundos é alta. Segundo as simulações, a poupança rende mais que os fundos em apenas dois cenários. Com aplicação de até dois anos em relação a fundos com taxa de 3% ao ano. Ou aplicação de até seis meses em relação quando o fundo tem taxa de administração de 2,5% ao ano.

Na comparação com fundos com taxa de administração de 2,5% ao ano, a poupança rende o mesmo quando o dinheiro ficar aplicado entre seis meses e um ano. A vantagem dos fundos ocorre mesmo com a cobrança de Imposto de Renda e de taxa de administração. Isso porque a poupança, apesar de ser isenta de tributos, rende apenas 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR), que aumenta quando a Selic sobe. Esse rendimento da poupança é aplicado quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o que ocorre desde dezembro de 2021.

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