Brado prevê novo desenvolvimento econômico de Goiás

A empresa de logística Brado tem apostado seus investimentos num novo clico de desenvolvimento econômico de Goiás e da Região Centro-Oeste. O objetivo é operar cerca de 45 mil contêineres ao ano para exportação, principalmente destinando ao Porto de Santos (SP), pela Ferrovia Norte-Sul. A Brado investiu em um corredor intermodal a partir de Anápolis. Onde prevê exportar proteína animal congelada, insumos da siderurgia e mineração, alimentos, açúcar, farelo de soja e grãos diversos.

O presidente da Brado, Marcelo Saraiva, diz que a conclusão da Ferrovia Norte-Sul aumentará o potencial da conexão entre Goiás e o Porto de Santos. “A Malha Central vai alavancar um novo ciclo de desenvolvimento e oportunidades para Goiás, Tocantins e o Distrito Federal. E, no futuro, irá atender o mercado interno entre Goiás e Maranhão, além da ligação com São Paulo”, frisa em entrevista ao portal Frota & Cia.

O empresário cita o Censo 2022 do IBGE. Segundo ele, revela que o Centro-Oeste foi a região que registrou o maior aumento populacional do Brasil. “A região é uma potência do agronegócio. Tem se tornado referência também na geração de empregos na agroindústria, na indústria e no setor de serviços”, afirma.

A Brado é especialista em multimodalidade, que combina o transporte de cargas em contêineres nos caminhões em trechos curtos e nos trens nas distâncias longas. A base dessa multimodalidade é a ferrovia. “A partir do momento que temos uma ferrovia nova, moderna, cheia de tecnologia, isso brilha para o plano estratégico da Brado. É uma oportunidade de troca entre uma solução logística que oferece valores para o desenvolvimento da região que tem um potencial enorme agrícola, industrial. Cria-se um ciclo virtuoso onde todos ganham”, diz Saraiva.

Potencial de Goiás

O presidente da Brado afirma que em Goiás tem carga tanto no sentido até São Paulo, quanto no sentido inverso (São Paulo-Goiás). “É um dos estados brasileiros que mais cresce, tanto em PIB quanto em população. O ponto que era negativo, a falta de uma infraestrutura mais eficiente, está sendo resolvido agora com a ferrovia Norte-Sul. Além dos produtos agrícolas, a Malha Central chega para aumentar a movimentação de produtos industriais e cargas gerais em contêineres”, diz.

Ele afirma que a previsão é de no segundo semestre deste ano iniciar as operações com contêineres na Ferrovia Norte-Sul, no trecho de Anápolis ao Porto de Santos. “A partir do Porto Seco Centro-Oeste, em Anápolis, há um mercado captável de cerca de 45 mil contêineres ao ano para exportação. Mais de 65% desse volume tem como destino o Porto de Santos. São produtos como algodão, mineração, siderurgia, e alimentos, incluindo açúcar, farelo de soja e grãos em contêineres, além de proteínas bovinas por meio das operações com contêineres reefer (refrigerado)”, frisa.

Na importação, Saraiva afirma que o mercado potencial da operação em Goiás é de mais de 16,5 mil contêineres ao ano. São insumos que abastecem as indústrias e o agronegócio do Estado. Além dos bens de consumo que passam a ser distribuídos para as populações de Goiás, Distrito Federal e sul do Tocantins. Os destaques, segundo ele, são os segmentos de agroquímicos, peças de máquinas, equipamentos e plásticos. “A Norte-Sul, além de integrar o Centro-Oeste ao Sudeste, numa segunda fase também vai conectar a região pela ferrovia com o Norte e o Nordeste do Brasil”, frisa.

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