segunda-feira, 29 de abril de 2024
Equatorial: “Não vamos resolver em um ano”

Equatorial: “Não vamos resolver em um ano”

Concessionária garante que ações operacionais têm dado resultados para reduzir a queda de energia elétrica em Goiás.

5 de outubro de 2023

Lener Jayme participou de reunião na sede da OCB/GO para ouvir demandas de cooperativas goianas

A concessionária Equatorial Goiás garante que ações operacionais realizadas nas últimas semanas têm dado resultados para reduzir a queda de energia elétrica no Estado. Entretanto, melhorias significativas serão percebidas somente daqui alguns anos. O presidente da empresa, Lener Jayme, esteve nesta quinta-feira (5/10) na sede da OCB/GO, em Goiânia, para detalhar as ações e os investimentos realizados em Goiás.

O presidente da Equatorial explicou aos dirigentes cooperativistas que os problemas de interrupção no fornecimento de energia ocorrem por causa da rede de distribuição extremamente degradada. Essa situação, segundo ele, é a pior do Brasil e se gravou nas últimas semanas. Principalmente, em razão da sobrecarga de demanda provocada pela onda de calor que atinge o País e o Estado, desde o início do mês de setembro.

“Não vamos resolver em um ano. Estamos aqui há nove meses e não vamos passar a ter um serviço de qualidade de uma hora para outra, depois de 20 anos de desinvestimento. Sabemos que temos muito a fazer e faremos muito, melhorando a cada ano”, prometeu Lener Jayme.

As ações operacionais, a exemplo da limpeza das áreas de linha, segundo ele, já estão dando bons resultados. Mas a onda de calor, que deve se estender até o fim do mês de outubro, atrapalhou os resultados. “Estamos numa evolução gradativa, aproximando nossas equipes da sociedade em todo o interior do Estado com nossos mutirões operacionais. Já fizemos mais de mil quilômetros de limpeza de faixas e já podamos mais de 150 mil árvores”, afirmou.

Queixas

Lener Jayme ouviu dos dirigentes do setor cooperativista queixas sobre as perdas frequentes de leite por falta de energia, que obrigam os pecuaristas a descartar o produto. E também sobre o aumento de custos de produção e armazenagem, devido à necessidade de uso intensivo de geradores movidos a óleo diesel. Diretor industrial da Comigo, Paulo Carneiro Junqueira afirmou que a cooperativa gasta cerca de R$ 9 milhões por ano com a compra de óleo diesel. Isto para manter em funcionamento mais de 80 geradores.

Presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira considerou produtiva a reunião. “Houve uma abertura para um diálogo transparente com a Equatorial, que se prontificou a resolver problemas pontuais e a nos orientar nos planos de expansão das cooperativas, mostrando o que é viável ser feito em relação à oferta de energia em cada região do Estado”, avaliou.

O setor cooperativista em Goiás tem crescido de forma acelerada nos últimos anos, com investimentos de grande porte em expansões e novas plantas industriais. Esse movimento por parte do setor produtivo, destaca Luís Alberto Pereira, demanda um fornecimento confiável de energia.

“A Equatorial assumiu a concessão no fim de 2022 e tem feito investimentos, mas a defasagem é grande e a demanda crescente. Enquanto a Equatorial estiver fazendo a sua parte, precisamos apoiá-la, sem deixar de acompanhar a evolução dos serviços prestados”, enfatizou.

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