segunda-feira, 29 de abril de 2024
Cheques ainda são muito usados no Brasil

Cheques ainda são muito usados no Brasil

Apesar da redução de 95% no uso deste meio de pagamento desde 1995, no ano passado foram emitidos 168,7 milhões de cheques.

22 de janeiro de 2024

O número de cheques usados pelos brasileiros em 2023 apresentou queda de 17% em relação ao ano de 2022. Segundo informou nesta segunda-feira (22) a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). No ano passado foram compensados 168,7 milhões de cheques.

Na comparação com 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques, a queda é de 95%. As estatísticas têm como base o Serviço de Compensação de Cheques (Compe).

Os dados também apontam redução no volume financeiro dos cheques e no número dos documentos devolvidos e nos devolvidos sem fundos na comparação desde 1995.

Naquele ano, o volume financeiro dos cheques compensados totalizou R$ 2 trilhões. Em 2023 o valor passou para R$ 610 bilhões, uma queda de 70,1%. Na comparação com 2022, houve redução de 8,5%, quando o montante atingiu R$ 668,8 bilhões.

Devolvidos

No ano passado, foram devolvidos 18 milhões de cheques, o que representou 10,6% no total compensado no país. E uma queda de 7,9% na comparação com 2022, quando foram devolvidos 19,5 milhões de documentos.

Em relação aos cheques devolvidos sem fundos, o total caiu de 15 milhões, em 2022, para 13,6 milhões no ano passado. Uma redução de 9%. Na comparação com 1997, quando esses dados começaram a ser registrados, o número de cheques devolvidos sem fundo foi de 56,8 milhões.

“A pandemia estimulou o uso dos canais digitais dos bancos e, hoje, quase 8 em cada 10 transações bancárias realizadas no Brasil são feitas em canais digitais, como o mobile banking e internet banking (77%). Soma-se a isso a preferência dos brasileiros pelo Pix, que vem se consolidando como o principal meio de pagamento utilizado no país”, afirma Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.

Em relação aos pagamentos, a Febraban destaca que apesar da redução no volume de transações, o tíquete médio do cheque aumentou no último ano: passou de R$ 3.257,88 em 2022 para R$ 3.617,60 em 2023. Segundo a entidade, isso pode ser explicado como uma escolha dos brasileiros para as transações de maior valor.

Saiba mais: Mesmo com o Pix, uso do cheque ainda resiste

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