Tomate BR reúne 85% das empresas que atuam neste segmento do agronegócio no país, onde Goiás é líder nacional de produção.
Foi criada a Tomate BR, entidade dos processadores e utilizadores de tomate industrial, com a participação de 85% das empresas que atuam no país. Com o propósito de alavancar a categoria dos molhos de tomate junto ao público consumidor, elevar e padronizar a qualidade dos produtos nacionais.
A entidade pretende divulgar informações do segmento e os benefícios nutricionais desse fruto. Além das práticas sustentáveis e de segurança de alimentos aplicadas nos processos produtivos do segmento.
Atualmente o segmento emprega cerca de 130 mil pessoas no Brasil. Principalmente em Goiás, São Paulo e Minas Gerais, onde essas indústrias concentram a maior parte de sua atuação. E para garantir a competitividade e a qualidade dos produtos oferecidos por essas companhias, algumas iniciativas já estão sendo estudadas.
“A falta de uma regulação clara na indústria de produtos feitos à base de tomate, não permite que hoje exista, de fato, uma padronização. Não temos, por exemplo, uma norma que determine a quantidade mínima de tomate necessária em cada embalagem de atomatado”, explica o diretor da Tomate BR, Vlamir Breternitz.
Buscando a competitividade de gôndola, alguns produtos têm comprometido a qualidade, teor nutricional, textura e sabor dos atomatados. “Nosso objetivo é reduzir essa prática e tornar mais transparente para o consumidor final o que contêm cada embalagem”, frisa Breternitz.
Por conta disso, a nova entidade pretende implementar um selo próprio de Padrão de Identidade de Qualidade (PIQ). Ele vai certificar os seus associados, atestando a boa procedência, a segurança dos processos de produção e a qualidade dos produtos.
“Com este selo, assim como já existe em outras categorias, como o café, por exemplo, é possível buscar a padronização da quantidade de tomate contida em cada embalagem, valorizando os itens para o consumidor”, frisa.
Goiás se destaca como líder na produção de tomates no Brasil, resultado de uma combinação de fatores. Como as condições climáticas favoráveis, solos propícios e o comprometimento dos produtores locais em adotar técnicas avançadas de cultivo.
Em 2023, a produção no estado foi de 1 milhão de toneladas de tomates. Dados da Secretaria de Estado de Agricultura apontam para uma perspectiva de crescimento de 24,8% para a safra goiana de 2024. Já a exportação de suco de tomate goiano alcançou US$ 757,9 mil.
O Brasil é o 9º produtor mundial de tomate industrial. Não sendo autossuficiente na matéria-prima de atomatados, o país importa uma parte significativa do insumo.