Com investimentos previstos de R$ 20 milhões até 2025, Goiás passa a ter também um Programa de Remineralizadores
O estado de Goiás terá um Hub de Remineralizadores, liderando unidades regionais no Centro-Oeste do Centro de Excelência de Fertilizantes e Nutrição de Plantas. Este centro, que será do governo federal, se especializará em sustentabilidade agroambiental e eficiência agronômica de fertilizantes, promovendo a pesquisa e a utilização de remineralizadores, tecnologias e sistemas de produção sustentáveis.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (12) pelo assessor da Secretaria Executiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), José Carlos Polidoro, durante o lançamento do Programa Goiano de Remineralizadores (PROREM-GO).
Práticas sustentáveis
O programa é uma iniciativa da SIC que conta com várias instituições parceiras, entre públicas e privadas, e com um aporte do Tesouro Estadual de R$ 20 milhões até 2025. O objetivo é a implementação de práticas sustentáveis na mineração e na agricultura, alinhando-se aos objetivos da Agenda 2030 das Nações Unidas.
“É um projeto que Goiás sai como pioneiro mais uma vez, e com o apoio de instituições de peso como o próprio Mapa, a Embrapa, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Fundação de Amparo à Pesquisa (Funape)”, celebrou o titular da Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho, durante o evento que selou a parceria, realizado no auditório da Funape.
Para a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, o anúncio do hub e o lançamento do PROREM-GO mostram a continuidade do trabalho desenvolvido em conjunto pela Universidade e pelo Governo de Goiás, por meio da SIC. “Entendemos que o manejo da mineração deve ocorrer com a diretriz da justiça social e da qualidade ambiental. Assim já fizemos quando lançamos, juntos, o Plano Estadual de Recursos Minerais (Perm)”, destacou a reitora.
Estudos
De acordo com a coordenadora do PROREM-GO, Lívia Parreira, as ações da iniciativa incluem a análise das áreas de produção mineral e os tipos de resíduos gerados, o diagnóstico e mapeamento de laboratórios aptos para a caracterização mineralógica e estudos tecnológicos, além da validação da eficiência agronômica para registro no Mapa.
“Também são previstos estudos voltados para o sequestro de carbono, biointemperismo e monitoramento climático com o uso de remineralizadores, além de capacitação contínua e apoio a programas de pós-graduação”, explicou.
Goiás já possui nove produtos registrados no Mapa e a proposta inicial inclui a avaliação de 65 potenciais produtos que poderão atender a todas as regiões goianas.
Esse HUB, será muito importante pro estado de Goiás, o aproveitamento de minérios de baixo teor, de mineradoras que foram paralisadas, podem ser utilizadas, além de produtos pra fertilizantes na agricultura, podem ser utilizados na industria metalúrgica. Pesquisas devem ser feitas nas minas que foram paralisadas, pra ver a possibilidade de aproveitamento da canga mineral nesses locais.