Serão duas usinas, uma em Formosa e outra em Cristalina, com produção anual de cerca de 200 milhões de litros de etanol.
A Planalto Bioenergia prevê investimentos de R$ 1,8 bilhão na construção de duas usinas de etanol de milho em Goiás. Uma em Formosa e outra em Cristalina, que devem entrar em operação até 2026. Segundo o executivo Paulo Sérgio Rangel Filho, a expectativa é que as obras comecem em 2025, após a emissão das licenças definitivas. A empresa também está em fase de estruturação financeira avaliando opções para bancar o investimento.
Cada usina terá capacidade inicial para moer 1,5 mil toneladas diárias de milho, com produção anual de cerca de 200 milhões de litros de etanol. Além disso, essas plantas produzirão 140 mil toneladas de DDG (concentrado de proteína vegetal usado na nutrição animal) e 9 mil toneladas de óleo de milho por ano. As usinas também gerarão 36,8 gigawatts-hora de energia elétrica anualmente.
Rangel Filho disse que a conclusão das obras está previsto para 18 meses, mas há chances de que esse prazo fique menor. “Em Nova Mutum, por exemplo, foram apenas 11 meses para a planta ficar pronta. Esperamos repetir esse ritmo”, frisou. Antes do início das operações das usinas, a Planalto Bioenergia deverá construir estruturas de armazenagem para o milho e outros grãos.
As cidades escolhidas para abrigar as usinas foram selecionadas com base na oferta de grãos e biomassa, além dos incentivos do Estado. Segundo Rangel Filho, Goiás oferece um ambiente moderno e favorável para a instalação de empreendimentos na cadeia de biocombustíveis.
Formosa e Cristalina estão localizadas em regiões estratégicas do ponto de vista logístico, facilitando o escoamento da produção tanto para o mercado interno quanto para exportação. “Cristalina, por exemplo, está mais voltada para o centro de consumo no Sudeste, enquanto Formosa tem facilidade de exportar via Arco Norte, saindo pelo Nordeste ou Norte do país”, afirmou o executivo da Planalto Bionergia.