Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano. Mas a projeção do mercado é que essa taxa chegue a 11,75% ao ano até o fim de 2024.
É praticamente unanimidade no mercado que os juros básicos do Brasil devem ter nova alta nesta semana. Nesta terça-feira (6/11) começa a nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano. Mas a projeção do mercado é que essa taxa chegue a 11,75% ao ano até o fim de 2024. Ou seja: além da alta nesta semana, analistas preveem uma nova elevação em dezembro.
Além disso, o mercado estima uma Selic em 11,25% ao ano ao final de 2025. Portanto, avalia que o Banco Central terá pouco espaço para reduzir as taxas no próximo ano, em meio às pressões inflacionárias.
A mediana do boletim Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu pela quinta semana seguida. De 4,55% para 4,59%, mantendo-se acima do teto da meta de inflação, de 4,50%. Um mês antes, ela estava em 4,38%.
Se essa projeção se confirmar, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta.
No início do ano que vem, Campos Neto será substituído na presidência da instituição pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A mediana para a inflação de 2025 oscilou de 4,0% para 4,03%, mais próxima do teto, de 4,50%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ela ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.