A pesquisa Fipe Zap revela também que Goiânia tem o 11º metro quadrado mais alto do Brasil, chegando a média de R$ 7,9 mil.
A pesquisa Fipe Zap, realizada em 22 capitais, revela que Goiânia tem o 11º metro quadrado mais alto do Brasil, chegando a média de R$ 7,9 mil. Com relação aos bairros, o Setor Marista é o mais valorizado da capital, com o metro quadrado custando R$ 10,7 mil. Em seguida, vêm o Setor Bueno (R$ 9,3 mil) e o Jardim Goiás (R$ 9,2 mil).
O que mais chama atenção é que o setor que teve maior valorização nos últimos 12 meses foi a região central da capital, com alta de 35,3%. Segundo o diretor da Ademi-GO, Marcelo Moreira, o Centro tende a seguir alguns passos que já deram certo em outras cidades, como São Paulo, onde houve um projeto para reocupação desses espaços.
Para ele, a região central sofreu nas últimas décadas com o abandono causado pelas faltas de políticas públicas e econômicas. Mas que, hoje, se torna atrativo, pelo fato de já ter uma infraestrutura consolidada. Moreira relembra do Centraliza, projeto que quer fazer com o que o Centro de Goiânia se torne pujante e procurado novamente.
“Eu vejo uma oportunidade grande para o Centro trazer produtos com um apelo mais econômico, apoiado muito no programa Minha Casa Minha Vida. Nós vemos esses projetos econômicos sendo construídos somente em bairros mais distantes e, no Centro, é possível viabilizar esse produto”, diz.
“Você passa a trazer uma pessoa que estava morando a 40, 50 minutos de distância para morar a 20 minutos ou na porta de um ônibus que vai trazer ele para o bairro que ele trabalha”, pontua o diretor da Ademi-GO.
Marcelo Moreira pontua também que Goiânia tem sido um nicho atrativo para todas as vertentes, desde apartamentos de alto padrão até de preços mais populares. Por isso, prevê que 2024 pode fechar como o melhor ano da história do mercado imobiliário.
A tendência é que, no próximo ano, a capital continue recebendo empreendimentos como esses já que, na visão dele, Goiânia tem ainda muito para crescer.
“Temos um cenário do agronegócio apostando numa safra recorde para o ano que vem devido às boas chuvas que estão acontecendo. E, quando o agronegócio vai bem no nosso Estado, o mercado imobiliário cresce muito forte porque movimenta toda a economia da cidade e do Estado”, frisa.
O diretor da Ademi-GO afirma ainda que o fato de o aluguel da cidade ser o segundo que mais subiu no Brasil também colabora com a valorização no preço do imóvel. Pois muitas pessoas passam a ter interesse em investir em Goiânia.
“Quando você tem esse público investidor olhando para a nossa cidade é interessante porque, esse público, ele não precisa ser um morador de Goiânia. A gente tem investidores que moram fora do Brasil, de outras cidades do Brasil, porque esse investidor pode aplicar o dinheiro dele em qualquer lugar. Então, ele olha onde ele vai remunerar melhor”, ressalta.
Lembra ainda que o custo da obra também tem elevado o preço dos imóveis. Desde a pandemia, quando os materiais de construção começaram a ficar mais caros, até a escassez de mão de obra, que é o problema recorrente no setor, fazem com que os construtores tenham que repassar esse custo ao consumidor.