quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Terras raras: Goiás ganha posição global estratégica

Terras raras: Goiás ganha posição global estratégica

Minas em Goiás têm se consolidado como peça-chave numa disputa geopolítica entre os países do Ocidente e a China.

7 de janeiro de 2025

Há uma corrida no mundo pela produção de minerais essenciais para indústrias como veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e equipamentos militares. Especialmente, uma concorrência entre os países do Ocidente contra a China.

Neste cenário, Goiás tem se consolidado como peça-chave nesta disputa geopolítica. É onde a a mineradora brasileira Serra Verde tem realizado investimentos bilionários para dobrar sua a produção até 2030. Com isso, fortalece a posição do Brasil no abastecimento de setores vitais como energia renovável e tecnologia militar.

A empresa projeta alcançar uma produção anual de 5.000 toneladas de óxido de terras raras até 2026, na região de Minaçu (GO). Isto consolidará a mineradora brasileira como fornecedor alternativo para o Ocidente, enquanto a China potencialmente endurece controles de exportação.

A mineradora tem rebecido aportes de grandes investidores internacionais, como Denham Capital e Vision Blue Resources. Também participa da Minerals Security Partnership (MSP), iniciativa que reúne 14 países, incluindo os EUA e a União Europeia.

Aliados estratégicos

Esse movimento busca reduzir a dependência do Ocidente em relação ao domínio da China, que controla grande parte da produção global, fortalecendo a segurança econômica e industrial de aliados estratégicos.

Apesar dos desafios no mercado, como o excesso de oferta recente, a demanda global por terras raras continua em alta. A Serra Verde projeta uma taxa de crescimento anual de 8,5% na sua mina em Goiás, até 2035. Com grande parte de suas exportações destinadas à Ásia, especialmente à China, que segue como um mercado estratégico.

Megaprojeto

A mineradora britânica Hochschild Mining também tem projeto de investir alto na produção destes minerais em Goiás. Recentemente, anunciou investimento histórico de R$ 1 bilhão para a produção de ouro na mina em Mara Rosa.

A mina se encontra totalmente operacional para produzir até 80 mil onças de ouro por ano, colocando Goiás como um dos principais polos de mineração aurífera do Brasil.

Entretanto, outro megaprojeto ambicioso no radar da mineradora é o Módulo Carina, em Nova Roma, Goiás. A Hochschild planeja investir US$ 600 milhões (mais de R$ 3,7 bilhões) para extrair elementos de terras raras a partir de argilas iônicas. Consolidando Goiás na vanguarda dessa tecnologia inovadora.

Com esses investimentos, as mineradoras devem transformar Goiás em um novo epicentro de mineração, trazendo crescimento e oportunidades, com minas de ouro e terras raras.

Saiba mais: Mineração: Goiás deve receber mais de R$ 10 bilhões

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