quinta-feira, 2 de maio de 2024
Mineração: Goiás deve receber mais de R$ 10 bilhões

Mineração: Goiás deve receber mais de R$ 10 bilhões

Se confirmada a previsão do Ibram, Goiás será o 5º estado brasileiro a receber mais aportes na indústria mineral do país.

15 de fevereiro de 2024

A expectativa de investimentos na mineração em Goiás supera os R$ 10 bilhões para até 2028, segundo previsão do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Se confirmado, será o 5º estado brasileiro a receber mais aportes no setor da indústria mineral. De acordo com a entidade, os investimentos da indústria mineral para o período 2024-2028 devem somar US$ 64,5 bilhões. O que representará um aumento de 28,8% em relação à projeção anterior, para o período 2023-2027.

O maior volume de investimentos será direcionado ao minério de ferro, com um total de US$ 17 bilhões. Seguido pelos projetos socioambientais (US$ 10,6 bilhões), logística (US$ 10,3 bilhões), cobre (US$ 6,7 bilhões) e fertilizantes (US$ 5,5 bilhões). A previsão de investimentos para os minérios chamados terras raras cresceu 870,6%, passando para US$ 1,45 bilhão.

Minas Gerais lidera o ranking de investimentos neste setor, com previsão de US$ 17,2 bilhões (30,6% do total). Em seguida vêm o Pará, com US$ 15,7 bilhões (16,1%), Bahia (US$ 9 bilhões), Amazonas (US$ 2,8 bilhões), Goiás (US$ 2,3 bilhões) e Ceará (US$ 1,7 bilhão).

Desafios

Para o presidente do Ibram, Raul Jungmann, os dados sinalizam perspectivas positivas para o setor. Mas ele frisa que o País precisa investir mais em conhecimento geológico e em instrumentos de crédito para o setor mineral. Além de estabelecer maior nível de segurança jurídica para atrair mais investimentos externos.

O dirigente também criticou a carga tributária para o setor. “Depois de alguns estados e municípios criarem taxas incidentes sobre a atividade mineral e após a votação da reforma tributária, a indústria da mineração tem a expectativa de uma forte elevação de sua carga tributária no Brasil”, afirmou.

Um ponto destacado por Jungmann é a incidência do Imposto Seletivo sobre a mineração, criado na reforma tributária, que ainda será regulamentado pelo Congresso Nacional. “O setor já recolhe CFEM (royalty). Portanto, o Imposto Seletivo é descabido. Dessa forma, o país está ferindo seriamente a competitividade dessa indústria”, frisou.

Segundo o Ibram, o recolhimento de tributos e encargos somou R$ 85,6 bilhões em 2023. A arrecadação do royalty do setor (CFEM) somou R$ 6,9 bilhões. A entidade também informa que o setor mineral manteve mais de 210 mil empregos diretos no ano passado, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

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