Executivos da mineradora peruana Aclara Resources apresentaram ao governador Ronaldo Caiado uma atualização do cronograma de investimentos em Nova Roma, no Nordeste Goiano. Onde vai investir R$ 2,8 bilhões na exploração e processamento de terras raras, um minério raro encontrado em poucos países, como China e Austrália.
“Com muita alegria nós conseguimos, em 2024, consolidar o Projeto Carina como o principal ativo da Aclara. Temos trabalhado nos últimos seis meses com um cronograma acelerado para poder iniciar as obras preliminares até março de 2026”, destacou o vice-presidente da Aclara Resources, José Augusto Palma.
As terras raras são elementos fundamentais para a fabricação de chaves na elaboração de turbinas eólicas e veículos elétricos. Além de estarem presentes em produtos cotidianos, como TVs, drones, smartphones e equipamentos ópticos e de saúde.
“Me surpreendi com esse cronograma que vem sendo apresentado, já com toda uma planilha de eventos marcados”, disse Caiado. “Essa exploração é muito importante para o desenvolvimento da região, acompanhado de forte trabalho social e empregabilidade muito alta”, enfatizou.
Em agosto de 2024, a multinacional assinou um protocolo de intenções com o governo de Goiás para a execução do Projeto Carina. Com o objetivo de produzir terras raras magnéticas, essenciais para tecnologias de transição energética.
A construção do empreendimento deve ser concluída dentro de dois anos, enquanto a produção começará em 62 meses. “Trata-se de um empreendimento único, de uma modelagem de mineração inovadora, com impactos baixos na mineração que gera muitas oportunidades econômicas para a região Nordeste de Goiás”, afirmou o vice-governador Daniel Vilela.
A secretária estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, destacou que “é importante entender que um empreendimento desse porte traz muitos benefícios, a economia se desenvolve”. Mas frisou a importância da “variável ambiental ser muito bem resolvida, analisando os impactos geológicos e sobre a biodiversidade”.
A mineradora, que já atua no Chile, tem como objetivo realizar trabalhos sustentáveis, sem uso de explosivos ou produção de resíduos líquidos.
Além disso, a Aclara dispensa a criação de barragens de rejeitos e realiza tratamento da água utilizada, com índice de reaproveitamento de cerca de 95%. Em Goiás, a unidade deve firmar parcerias com instituições de ensino para formar e qualificar mão de obra local e regional.