sábado, 15 de março de 2025
Goiânia se tornou um canteiro de obras

Goiânia se tornou um canteiro de obras

A Ademi registra 162 canteiros de obras verticais em Goiânia e 93 novos lançamentos somente no ano passado.

6 de março de 2025

Somente no ano passado, Ademi registrou o lançamento de 11.419 imóveis residenciais

O mercado imobiliário de Goiânia nunca esteve tão aquecido. Somente no ano passado, registrou o lançamento de 11.419 imóveis residenciais, o maior volume da série histórica da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário em Goiás (Ademi-GO). Representou um aumento de 20% em relação a 2023, quando foram lançadas 9,5 mil unidades.

A Ademi registrou 162 canteiros de obras verticais no fechamento do ano passado. E com 93 novos lançamentos, cujas as construções ainda vão começar nos próximos meses. Presidente da entidade, Fernando Razuk, diz que a expectativa para 2025 é que continue com números expressivos na construção.

“Apesar do crescimento expressivo na oferta, a demanda cresceu ainda mais. Isso representa uma queda de 3,5% na quantidade de apartamentos disponíveis para vendas, demonstrando uma tendência de crescimento saudável”, destaca o diretor de pesquisas e estatísticas da Ademi, Credson Batista.

MCMV

A pesquisa da Ademi também registrou aumento no ano passado de 91% no lançamento de imóveis pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV), em Goiânia. Saltou de 1.936 unidades (2023) para 3.704 (2024). As vendas mais do que doboraram: cresceram de 1.482 (2023) para 3.020 unidades (2024).

“Apesar dos lançamentos terem crescido de maneira expressiva, o estoque de unidades que se enquadram no programa na cidade é muito discreto, sendo composto por apenas 1270 unidades, cerca de 12% do estoque atual. Esse percentual está muito abaixo de outras capitais, como São Paulo, cujo mercado de unidades do MCMV chega a representar 50% do setor. Temos ainda um potencial muito grande a ser explorado nesse segmento”, explica Felipe Melazzo.

Desafios

Entretanto, o setor enfrenta desafios. Inclusive, por conta do aumento recorde de lançamentos de empreendimentos na capital. O maior deles é a falta de mão de obra para atender a demanda de tantos canteiros. Além disso, a recente alta do dólar impactou os custos, como aço e alumínio. E tem também a alta dos juros, por conta da elevação da Taxa Selic do Banco Central.

“Os bancos priorizam financiar os clientes finais, compradores de apartamentos, por serem financiamentos de mais longo prazo e, portanto, mais rentáveis. Dessa forma, nem todos os empreendedores terão acesso a recurso bancário para financiar suas obras. E terão de buscar operações com o mercado de capitais, como CRIs, que geralmente são operações atreladas ao CDI. Portanto, mais caras para os empreendimentos”, diz Melazzo.

O presidente da Ademi ainda pontua a importância da criação de políticas públicas para fomento da habitação de interesse social. E também critica o aumento da carga de impostos implementado na reforma tributária.

Saiba mais: Vendas de imóveis em Goiânia superam R$ 7,7 bilhões em 2024

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