domingo, 27 de abril de 2025
Pesquisa: 90% dos bancos projetam alta inflação

Pesquisa: 90% dos bancos projetam alta inflação

Pesquisa da Febraban mostra que bancos esperam alta da inflação, dos juros e na contratação de empréstimos.

7 de abril de 2025

As projeções de inflação para 2025 seguem bastante elevadas também no setor bancário. A maioria dos bancos (71,4%) espera que o IPCA feche o ano em torno de 5,5%. Enquanto 19% projetam o indicador próximo (ou acima) de 6,0%.

As projeções estão bem acima do centro da meta de inflação, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano. De 3%, com tolerância para até 4,5%. Assim, cerca de 90% dos entrevistados projetam a inflação acima de 5% no ano.

É o que mostra a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban, realizada com 21 bancos, entre 25 e 31 de março. Realizada a cada 45 dias, logo após a divulgação da Ata da reunião do Copom, ela mensura a estimativa dos bancos para o comportamento de diversas variáveis da economia ao longo deste e do próximo ano.

Crédito

O levantamento também mostra que o crédito deverá crescer 8,6% em 2025. Por conta do mercado de trabalho aquecido e novos programas de crédito, como o consignado para os trabalhadores do setor privado.

Já em relação à trajetória da taxa de inadimplência, a pesquisa mostra que houve uma leve alta na projeção, para 4,7%, nível superior ao registrado no último mês de janeiro (4,4%), segundo o Banco Central.

De acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados (85,7%) entendeu que a comunicação do Copom foi adequada em sua última reunião. Concordando com a indicação de que o ciclo de alta da taxa de juros não terminou, mas apenas sinalizando um aperto de menor magnitude na próxima reunião.

A estimativa para os juros recuou ligeiramente em relação à pesquisa anterior. Agora, a mediana para a Selic atinge 15% ao ano em junho (ante 15,25%), permanecendo neste patamar ao menos até novembro de 2025.

PIB

Em relação ao crescimento da economia, a pesquisa não mostrou maioria absoluta nas estimativas para este ano. Para 42,9% dos entrevistados, a desaceleração observada até o momento está em linha com o esperado e o crescimento do PIB deve ficar em torno de 2%.

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