Óticas Motta mantém tradição e prevê expansão

Em outubro de 1947, Sebastião José da Motta se preocupou com a saúde ocular das pessoas. Decidiu montar aquela que seria a primeira ótica em Goiânia e do Centro-Oeste brasileiro. A Óticas Motta completa 78 anos e traz como princípios da longevidade o cuidado com o cliente, qualidade e fidelização.

Atualmente, a terceira geração da família Motta comanda as lojas. Mais precisamente os irmãos Laís Fleury Motta e Henrique Fleury Motta, que trabalham para manter o legado deixado pelo avô.

Hoje, a marca conta com quatro lojas, sendo três no Setor Marista e uma no Setor Aeroporto. O objetivo é abrir mais duas lojas esse ano. “Estamos com uma já fechada em Goiânia e negociando a outra, que também será aqui na capital”, revela Laís ao EMPREENDER EM GOIÁS.

Valores

A empresária conta que o avô aprendeu muito de maneira autodidata, mas se adequando com as necessidades do mercado. Isso não significa que o empreendimento passou ileso a algumas crises ao longo do tempo. Inclusive, ela destaca que a persistência dos fundadores se tornou crucial para a empresa.

“A questão da honestidade, da técnica e da qualidade são valores que estão intrínsecos na história da empresa. Passamos por governos diferentes, crises diversas e estamos aí firmes e fortes”, enfatiza Laís.

Após a morte do avô, o pai de Laís passou a administrar a loja. Com o seu falecimento, gerência ficou com Maria das Graças Fleury Motta, mãe dos atuais gestores. Laís e Henrique, apesar de acompanharem a história, estavam em caminhos distintos: ela como advogada e ele como professor morando no Canadá. Em 2008, os dois mergulham no ramo da ótica.

Laís precisou se afastar da empresa em 2011, mas retornou nove anos depois. Esse legado familiar, inclusive, é sentido nos clientes. “A gente tem clientes que compravam com o meu avô e que o filho e até o neto viraram nossos clientes”, destaca.

Mudanças

A Óticas Motta investe em aparelhos modernos para melhorar na montagem dos óculos e na qualificação para os atendentes. “A gente se atualiza, traz para dentro da loja equipamentos modernos e faz um trabalho de marketing. Buscando sempre perpetuar a fidelidade dos clientes e trazer novos compradores”, ressalta.

Atualmente, a empresa vende, em média, 1 mil produtos e atende cerca de 400 clientes por mês. Além disso, a unidade no Setor Marista foi atingida por um incêndio no ano passado e, para não desassistir os seus clientes, os empresários investiram em um contêiner que serviu como loja. A unidade funciona na área de estacionamento.

O proprietário do local realizou uma reforma e deve entregar o espaço para Laís e Henrique até meados do próximo mês. A loja ganhará maquinário e mobiliário necessários para voltar a atender nas antigas dependências.

O contêiner, entretanto, deve ser reaproveitado em outra situação, segundo Laís. “Ele foi uma grata surpresa. Depois que retornar à loja, a gente tem vontade de mantê-lo em outro lugar. É inovador, adesivado e charmosinho”, pontua.

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