terça-feira, 13 de maio de 2025
Dicas para não cair nas armadilhas da escalabilidade

Dicas para não cair nas armadilhas da escalabilidade

Especialista diz que a diferença entre uma ideia promissora e um negócio de impacto está na forma como se executa.

20 de abril de 2025

Thiago Oliveira: “Empresas que crescem demais sem estrutura estouram no meio do caminho.”

Uma ideia promissora, por si só, não garante um negócio de sucesso. O que transforma uma boa ideia em um empreendimento escalável é a capacidade de estruturar um modelo replicável, com clareza de propósito e foco na execução.

“Escalabilidade não é só crescer rápido. É crescer com base em processos que funcionam e se sustentam sem comprometer a qualidade”, afirma Thiago Oliveira, CEO da Saygo, empresa brasileira de tecnologia voltada para a aceleração de negócios.

Ele acompanha de perto a jornada de dezenas de startups e empresas em fase de crescimento. Na Saygo, Oliveira lidera estratégias que integram tecnologia, governança e capacitação empreendedora.

Segundo ele, muitos negócios não prosperam por ausência de fundamentos básicos. “Falta clareza sobre a proposta de valor, métricas mal definidas, erros na contratação e ausência de processos. Tudo isso compromete a escalabilidade”, explica.

Estrutura

Oiveira defende que o primeiro passo para tornar uma ideia escalável é pensar no modelo de negócios de forma sistêmica. Isso inclui não apenas a solução central, mas como ela será entregue em escala, com padronização e controle de qualidade.

“Empresas que crescem demais sem estrutura estouram no meio do caminho. Escalar exige planejamento, capital, equipe preparada e um sistema de gestão que permita acompanhar resultados em tempo real”, aponta.

O Panorama das Startups no Brasil, da Abstartups, indica que 74% das startups fecham as portas em até cinco anos. E, em 42% dos casos, o motivo é a falta de estrutura e gestão.

Investidores e aceleradoras

A entrada de investidores e aceleradoras é, para Oliveira, um divisor de águas no caminho da escalabilidade. No entanto, ele alerta que o apoio externo só faz sentido quando o empreendedor está preparado.

“Receber investimento sem ter clareza de onde aplicar o recurso é receita para o fracasso. O capital deve acelerar algo que já está validado”, afirma.

Dicas para evitar armadilhas da escalabilidade

Entre os erros mais comuns de empresas em crescimento, Thiago Oliveira destaca:

  • Contratar antes da hora: equipes inchadas sem processos definidos geram mais custo do que produtividade.
  • Ignorar o cliente: escalar sem ouvir o mercado pode levar a um produto que cresce na direção errada.
  • Desorganização financeira: sem fluxo de caixa controlado, o crescimento pode gerar colapso.
  • Falta de foco: querer abraçar vários mercados ao mesmo tempo dilui recursos e energia.

Para o CEO da Saygo, o segredo está na execução disciplinada. “A diferença entre uma ideia promissora e um negócio de impacto está na forma como se executa. Com método, metas claras e foco em resultado, escalar é consequência”, conclui.

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