domingo, 13 de julho de 2025
Investimento chinês pode chegar a R$ 18 bilhões e representa a maior concessão de transmissão de energia do país.
Um investimento que pode chegar a R$ 18 bilhões. É o que representa o lançamento nesta segunda-feira (30/6), em Silvânia (GO), da pedra fundamental do Projeto de Ultra-Alta Tensão no Nordeste do Brasil. O município goiano vai sediar um dos polos do sistema, que terá 1.468 quilômetros de extensão, ligando Goiás ao Maranhão. O empreendimento representa a maior concessão de transmissão de energia da história do país.
O investimento é da empresa chinesa State Grid Brazil Holding (SGBH), subsidiária da gigante global State Grid China Corporation (SGCC). Tem como objetivo principal otimizar o escoamento da energia gerada por usinas eólicas, solares e hidrelétricas localizadas no Nordeste.
A linha de transmissão principal em tensão 500 kV conectará a Subestação Trindade, já existente, à Subestação Silvânia, a ser construída. O trabalho consiste na construção de uma linha de transmissão em corrente contínua em ultra alta tensão (800 kV). Com 1.468 quilômetros entre as cidades de Graça Aranha (Maranhão) e Silvânia (Goiás). A linha passa, ainda, por Tocantins. O prazo de concessão para a linha é de 30 anos.
O passo é decisivo para aprimorar a segurança e a estabilidade da rede elétrica brasileira, além de fomentar a integração de matrizes energéticas limpas e renováveis. Com previsão de conclusão em 2029, a estimativa é que a nova infraestrutura atenda a cerca de 12 milhões de pessoas, incluindo municípios na região metropolitana de Brasília.
O lançamento contou com a presença do governador em exercício, Daniel Vilela. A futura subestação no território goiano, enfatizou, “tem papel crucial e fundamental na garantia da segurança e da estabilidade da rede elétrica brasileira”. “Goiás tem hoje uma liderança na produtividade e na industrialização. São ações que, com a chegada de mais energia, poderemos potencializar o nosso crescimento”, frisou.
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a obra “vai gerar mais de 20 mil empregos diretos e indiretos no pico da sua construção. O novo projeto ajuda a integrar nosso sistema elétrico, gera empregos e estimula a produção de energia limpa no Brasil”, comentou.
“Adotaremos integralmente o princípio de consulta, construção e benefícios compartilhados; priorizaremos a contratação de mão de obra local e a aquisição de materiais nacionais; para que o avanço da obra caminhe lado a lado com a melhoria da qualidade de vida da população”, disse o diretor-geral da State Grid Internacional Development Limited (SGID), Yu Lei.
