quarta-feira, 16 de julho de 2025
O grupo brasileiro prepara para o segundo semestre deste ano o lançamento do SUV elétrico premium Avatr 11.
O Grupo Caoa sinaliza que deve iniciar a produção de veículos da marca chinesa Changan em sua fábrica no Distrito Industrial de Anápolis (DAIA), em Goiás. Isto, depois de encerrar a parceria de muitos anos com a coreana Hyundai.
O grupo brasileiro prepara o lançamento para o segundo semestre do SUV elétrico Avatr 11, que já se encontra em testes no Brasil. O modelo premium da Changan, desenvolvido com Huawei e CATL, tem potência de 586 cavalos (dois motores elétricos) e tecnologia avançada.
Com preço estimado entre R$ 440 mil e R$ 680 mil, visa competir com Zeekr 001 e BYD Seal no segmento de elétricos de luxo. A Caoa planeja usar a sua fábrica em Anápolis para montagem local, reduzindo custos de importação.
A fábrica da Caoa em Anápolis passa por expansão, que deve resultar no total de mais de 208 mil metros quadrados de área edificada. Também recebe mais de 200 novos robôs adquiridos da antiga fábrica da Ford, que a BYD não quis comprar para a sua planta em Camaçari (BA).
O investimento anunciado pela Caoa soma R$ 3 bilhões, o que deve permitir a produção de até 160 mil unidades por ano em Goiás. Atualmente o complexo faz 80 mil.
Além dos veículos da nova marca chinesa, a Caoa planeja aumentar a produção de carros da Chery, como os atuais Tiggo 8, Tiggo 7 e o Tiggo 5 X. Além de uma picape a diesel e o Tiggo 9. Em quase 20 anos, a planta da Caoa em Anápolis já produziu mais de 500 mil veículos das marcas Hyundai e Chery.
O governo federal elevou novamente nesta terça-feira 1/7) o Imposto de Importação sobre carros elétricos e híbridos. As alíquotas agora vão de 25% a 30%. O aumento será escalonado até 2026, com o objetivo de incentivar a produção nacional de veículos menos poluentes.
Há mais de um ano, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) pressiona o governo Lula para antecipar o aumento das tarifas. O setor alega que a isenção prolongada favorece importações em detrimento da produção nacional.
Apesar da tributação, as montadoras poderão seguir importando veículos com isenção do imposto, dentro de cotas anuais de valor, válidas até 30 de junho de 2026.
