Advogado Sérgio Crispim afirma que a rede Santa Marta tem nome consolidado no mercado e que deve sair novamente da crise financeira.
A Santa Marta Distribuidora de Drogas Ltda entrou nesta semana com um novo pedido de recuperação judicial, no Foro de Aparecida de Goiânia. Segundo o advogado da empresa, Sérgio Crispim, não restou outra alternativa. Entretanto, ele pondera que a rede tem nome consolidado e é tradicional no mercado. “Vamos chegar ao ponto da virada logo, logo”, disse ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG).
No ano passado, quando se preparava para uma reação, a Santa Marta precisou de mais crédito juntos fornecedores. Porém, o fato de outros grupos de distribuição de medicamentos também estarem em crise levou à redução do crédito e ao aumento da inadimplência. O advogado explicou que a empresa vinha enfrentando dificuldades financeiras desde a pandemia.
“O setor farmacêutico passa por dificuldades em todo o país, temos grupos grandes e famosos em situação difícil”, explica. “Não tivemos outra alternativa”, enfatiza Crispim.
É a segunda vez que a rede de farmácias, que atua há quase 50 anos em Goiás e no Distrito Federal, recorre à recuperação judicial para sanar dificuldades financeiras. A primeira foi em 2010 e o processo foi encerrado em março de 2014 depois que todo o plano de recuperação judicial aprovado pelos credores foi cumprido.
Mas, o advogado da rede Santa Marta afirma que as expectativas são boas. “Temos uma equipe bem preparada e aguardamos a decisão da Justiça para definir os próximos passos”, diz. Ele adianta que os funcionários da empresa serão priorizados durante o processo de recuperação judicial, assim como toda a cadeia de fornecedores e distribuição. “Isso, além de outros ajustes que certamente vão surgir bons efeitos”, frisa Crispim.
Em nota, a Santa Marta informou que “resiliente, está otimista de que a situação adversa será superada”. A empresa já elaborou todo o plano de operação e, nos próximos 90 dias, concluirá toda a reestruturação.
Leia também: Disparam pedidos de recuperação judicial em Goiás
O crédito é importante para alavancar os negócios, quando esse é subsidiado. Isso não implica em dizer que a empresa não tem que se equilibrar e pagar suas contas com o próprio movimento.
Entre um pedido de recuperação judicial e outro passaram apenas 13 anos, isso a meu ver torna a possibilidade de nova recuperação, mais complicada