Nove de cada dez alunos dos cursos de graduação tecnológica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) estão empregados.
Nove de cada dez alunos dos cursos de graduação tecnológica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) estão empregados. Destes, 67,6% trabalham em sua área de formação. Os dados são do Sistema de Acompanhamento de Egressos (Sapes) 2020-2022, um processo de avaliação com foco nos concluintes e ex-alunos dos cursos do Senai.
Os dados revelam ainda que a média salarial dos tecnólogos formados pelas faculdades do sistema têm média salarial de 3,27 salários mínimos, o equivalente a R$ 3,9 mil. É maior do que o rendimento médio nacional, de 2,42 salários mínimos.
Gerente de Educação Profissional do Senai Goiás, Osvair Almeida Matos explica que a pesquisa analisa em todo o Brasil a capacidade de empregabilidade dos egressos, que neste último levantamento chegou a 92%. “É um excelente resultado”, comemorou em entrevista ao EMPREENDER EM GOIÁS.
Matos credita esse sucesso ao Método Senai de Educação Profissional para o desenvolvimento de competências, que abrange desde a identificação das necessidades das indústrias em cada região até a empregabilidade dos ex-egressos, um ano depois de formados, abrangendo também a formação e os instrumentos necessários.
Por meio do Comitê Técnico Setorial, é realizada uma escuta ativa com empresas de todos os tamanhos, envolvendo também organizações de classe e a academia. “Tomemos por exemplo um eletromecânico tecnológico. Avaliamos o que ele oferece hoje, o que deveria oferecer e o que fará no futuro. A partir dessa escuta ativa, definimos as habilidades que devem ser desenvolvidas e os recursos dos quais vamos precisar para isso. Não sai da cabeça de um iluminado”, explica.
Todo esse diagnóstico é, então, levado ao comitê que converte todas essas informações para a linguagem pedagógica.
Jhones Fernando Pereira da Fonseca, de 37 anos, concluiu o curso de Tecnologia em Logística no final de 2019. Ele já trabalhava na área desde 2006 e, entre 2010 e 2011, fez o curso técnico. “Eu gostei dessa área e, na época, o curso técnico me abriu perspectivas, mas depois eu senti que precisava da formação superior”, contou.
Como ex-aluno, Jhones conhecia a metodologia do Senai. “Tem uma grade bem didática, mas difere de outros cursos porque não oferece só teoria, temos contato também com a prática, visitamos empresas”, relata. Hoje Jhones é planejador de logística da JSL, uma das maiores do segmento no Brasil. “Estou muito satisfeito, recomendo o curso tecnológico para quem deseja ascender profissionalmente”, diz.
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