segunda-feira, 6 de maio de 2024
Geração de empregos desacelera em Goiás e no Brasil

Geração de empregos desacelera em Goiás e no Brasil

Foram gerados 87,7 mil novos empregos em Goiás no ano passado, redução de 18% em relação a 2021. Apesar disto, Estado liderou no Centro-Oeste.

31 de janeiro de 2023

Geração de novos empregos perdeu força no segundo semestre de 2022

A geração de novos empregos sofreu desaceleração em Goiás e no Brasil em 2022. Principalmente, no segundo semestre do ano. Segundo dados do Caged divulgados nesta terça-feira (31/1) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foram criados 87,7 mil novos postos de trabalho no Estado entre janeiro a dezembro do ano passado. É resultado de 879,4 mil admissões e 791,7 mil demissões no período. Portanto, houve um saldo positivo de 6,6% no mercado de trabalho goiano em 2022.

Com isto, Goiás foi a 8ª unidade da federação que mais gerou novos empregos em 2022. Atrás somente de São Paulo (561 mil novos empregos), Rio de Janeiro (194,9 mil), Minas Gerais (178 mil), Bahia (120,4 mil), Paraná (118,1 mil), Rio Grande do Sul (100,8 mil) e Santa Catarina (90,4 mil). Aliás, com exceção da Bahia, todos os demais Estados são das Regiões Sudeste e Sul do Brasil.

Mas Goiás foi o Estado que mais gerou postos de trabalho no ano passado na Região Centro-Oeste. Segundo o Caged, teve resultado superior aos de Mato Grosso (57,4 mil), Distrito Federal (46,4 mil) e Mato Grosso do Sul (40,3 mil).

Juros e política

Entretanto, o saldo de geração de empregos no ano passado em Goiás é inferior ao total de 2021, quando foram criados 107,2 mil novos postos de trabalho no Estado. Portanto, uma redução de 18% entre os dois anos. Até o primeiro semestre de 2022, Goiás registrava a criação de mais de 110 mil novos empregos, no acumulado dos últimos 12 meses. Inclusive, chegou a ocupar a 6ª posição no ranking nacional.

A partir de julho e agosto, o mercado de trabalho goiano começou a perder força. Embora sempre com resultados positivos até novembro. Mas em dezembro foi negativo: 12,1 mil postos foram perdidos naquele mês. Segundo economistas, resultado direto do aumento dos juros pelo Banco Central para conter a inflação no País e pela instabilidade política gerada na eleição para presidente da República.

Brasil

O mercado de trabalho brasileiro criou 2,037 milhões de empregos formais em 2022, uma redução de 26,6% em relação ao total criado em 2021, quando o saldo foi positivo em 2,776 milhões. O País teve 22.648.395 admissões contra 20.610.413 demissões de janeiro a dezembro do ano passado. O pior resultado foi em dezembro passado: o Brasil perdeu 431 mil vagas de trabalho somente naquele mês.

O Sudeste foi a região que mais criou empregos em 2022. Foram 978.666 postos de trabalho formais no ano passado. Em seguida, aparecem o Nordeste (385.094), o Sul (309.277), o Centro-Oeste (231.781) e o Norte (119.141). A maior parte dos empregos formais criados em 2022 foi para homens (1.077.286) e para trabalhadores com 18 a 24 anos de idade (1.264.474 vagas).

Wanderley de Faria é jornalista especializado em Economia e Negócios, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA/FEA/USP - BM&FBovespa

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não será publicado.