sexta-feira, 3 de maio de 2024
No mercado brasileiro houve crescimento de 603% no número de pizzarias em dez anos; Goiás tem 3% do total de restaurantes.
O número de pizzarias em Goiás cresceu 475% em dez anos, segundo levantamento da Associação Pizzarias Unidas do Brasil (Apubra). Em 2011, eram apenas 436 estabelecimentos neste segmento no Estado. Em 2020, somavam 2.511. No mercado brasileiro, houve crescimento de 603% no número de pizzarias no período de dez anos. Somavam 83,2 mil estabelecimentos em 2020. Portanto, Goiás tinha 3% do total de restaurantes deste segmento no País.
A análise destaca o Sudeste como o maior representante do setor: concentra 50% dos restaurantes. Em seguida, encontra-se o Nordeste (21%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e Norte (5%). Diante desse recorte do Sudeste, São Paulo é o estado que se posiciona em primeiro lugar, com 57% de pizzarias ativas. Seguido pelo Rio de Janeiro (21%) e Minas Gerais (18%).
A capital nacional da pizza também é São Paulo, que se destaca por ter o maior número de comércios ativos, com 9% (6.657) do total do Brasil. Ou seja: somente a capital paulista tem quase o triplo do total de pizzarias em todo o Goiás.
Por sua vez, Norte e Nordeste estão em franco desenvolvimento ao representar as maiores regiões com acúmulos de crescimento: 1.339% no Pará e 1.151% em Alagoas, respectivamente. “Esses dois locais merecem uma atenção especial dos empreendedores que desejam investir nesse segmento e de fornecedores que pretendem potencializar os negócios”, diz Gustavo Cardamoni, presidente da Apubra.
Quando se trata do tamanho dos estabelecimentos, as micro empresas saem à frente com 94%. Na prática, essa classificação que costuma operar com menos de dez colaboradores a partir de uma pequena quantidade de capital, também abrange o microempreendedor individual (MEI), sendo que 53% dos donos de pizzarias pertencem a esse grupo.
Nos últimos três anos o número total de fechamentos superou as aberturas no Brasil. Ao todo, o período contou com 34.598 de pizzarias abertas contra 44.606 encerradas ou irregulares, sendo que 25,6% delas fecharam as portas com menos de três anos de existência.
“É válido pontuar que durante a pandemia foram registrados mais encerramentos de atividades. No entanto, os piores desempenhos estão nos anos de 2018 e 2015, respectivamente. Ou seja, esse cenário não é um reflexo dos efeitos da Covid-19, mas sim de um histórico que conseguimos evidenciar olhando para os últimos dez anos de aberturas e fechamentos de empresas”, diz Cardamoni.
O estudo adotou como critéri analisar os dados das empresas pertencentes a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 56 e autodenominadas como pizzaria. É importante ressaltar que o número final apresentado não corresponde ao total de pizzarias atuantes no Brasil. Trata-se de uma amostragem e estima-se que esse dado corresponda a 75% do mercado.
