domingo, 5 de maio de 2024
Ipea prevê PIB maior e inflação menor para 2023

Ipea prevê PIB maior e inflação menor para 2023

A revisão da previsão do PIB em 2023 ocorreu após o crescimento dos primeiros três meses do ano ter superado as expectativas do Ipea.

5 de julho de 2023

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) refez suas previsões econômicas. Agora espera que o Brasil cresça mais e que a inflação seja menor do que o esperado anteriormente para 2023. Diante dos avanços observados na economia brasileira nos três primeiros meses do ano, as novas previsões foram divulgadas nesta quarta-feira (5/7). Confira o relatório completo Visão Geral da Conjuntura.

A nova previsão do instituto é que o Produto Interno Bruto brasileiro cresça 2,2% em 2023. A antiga previsão, até março, era de um crescimento de 1,4%. Já a inflação deve ser menor. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,6% para 5,1% em 2023.

De acordo com o relatório, a revisão da previsão do PIB em 2023 ocorreu após o crescimento dos primeiros três meses do ano ter superado as expectativas. A previsão do Ipea para o período era um crescimento de 1,2% em relação ao período anterior. Ou seja, em relação aos últimos três meses de 2022. E que avançasse 2,7% em comparação com os primeiros três meses de 2022. O crescimento, no entanto, foi maior, 1,9% em relação ao trimestre anterior e 4% em relação ao mesmo período de 2022.

A inflação menor que a esperada, por sua vez, ocorre também devido à valorização do real brasileiro. Que, junto com a deflação das cotações das commodities, resulta em força que pressiona para baixo os preços no atacado. Isto induz para um cenário de desinflação no varejo e nos preços ao consumidor. Para o restante do ano, portanto, a perspectiva é, segundo a análise divulgada, de estabilidade.

Fatores

No documento, os pesquisadores detalham alguns fatores que contribuem com o cenário projetado. Dentre eles, o aumento da demanda por commodities brasileiras, motivada, entre outros fatores, pela reabertura econômica da China. Este ano, o Brasil registrou recordes de superávit mensal na balança comercial para o mês. Principalmente, puxados pelo aumento das exportações de commodities como petróleo, minério de ferro, milho e soja.

Dentro do país, o Ipea aponta duas forças distintas em direções opostas. De um lado, a manutenção por período prolongado de taxas de juros elevadas por parte do Banco Central, alcançando o valor médio anualizado de 45% no mercado de crédito, o que pressiona para baixo o crescimento. De outro, impulsionam o crescimento, as medidas fiscais que permitem a sustentação da renda das famílias. Assim como a elevação da demanda pública, tanto do consumo do governo como dos investimentos públicos.

O Ipea destaca ainda que novas medidas continuam atuando no sentido de sustentar a renda das famílias no segundo trimestre do ano. Como um novo aumento do salário mínimo, reajuste dos salários dos funcionários públicos federais, antecipações do abono salarial e os ajustes do valor do Bolsa Família.

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