domingo, 5 de maio de 2024
Goiânia tem 2ª deflação seguida e a maior do País

Goiânia tem 2ª deflação seguida e a maior do País

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, registrou deflação pela segunda vez seguida em Goiânia e acumula no ano alta de apenas 2,18%.

25 de julho de 2023

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, registrou deflação pela segunda vez seguida em Goiânia. Puxada pela redução de 7,31% na tarifa de energia elétrica residencial, de acordo com o IBGE, a queda registrada é de 0,52% este mês. É também novamente a maior do País, após ter registrado variação de -0,66% em junho, que foi a maior baixa para o mês desde 2006.

Com a queda, o índice acumulado em 2023 na capital goiana, até agora, atinge 2,18%. São 2,62 pontos percentuais menor que o acumulado do ano anterior, de 4,80%. A inflação nos últimos 12 meses é de 2,41%.

Conforme o IBGE, a queda na tarifa da energia elétrica e no preço do veículo próprio pressionou o índice negativo em Goiânia. Transportes, alimentação e bebidas e habitação possuem os maiores pesos na cesta de compras das famílias em Goiânia que têm rendimentos de até 40 salários mínimos.

Na prévia de julho, os três grupos tiveram quedas no mês, com variações de -0,55%, -0,92% e -1,78%, respectivamente. Destacam-se as quedas do veículo próprio (-0,85%), das carnes (-2,56%), da energia elétrica residencial (-7,31%) e de leites e derivados (-1,57%).

Entre os subitens levantados pelo IPCA15, destacam-se as seguintes quedas do mês: automóvel usado (-1,16%), automóvel novo (-1,99%), contra filé (-1,68%), etanol (-1,62%), gás de botijão (-3,52%), seguro voluntário de veículo (-4,35%), pão francês (-1,73%) e leite longa vida (-1,97%).

Variações

Por outro lado, foi registrado aumento no preço da gasolina (0,50%), que havia caído dois meses seguidos em maio (-0,19%) e junho (-4,42%). Além disso, também tiveram alta os preços do aluguel residencial (0,63%) e do plano de saúde (0,78%). Estes dois grupos acumulam no ano aumentos de 4,25% e de 7,40%, respectivamente. Destaca-se que o plano de saúde já tem 14 altas consecutivas.

Entre as maiores altas do mês, na capital goiana, destaque para o repolho (14,01%), passagem aérea (11,27%) e batata-inglesa (9,35%). As menores variações foram transporte por aplicativo (-15,19%), feijão-carioca (12,14%), energia elétrica residencial (-7,31%) e óleo de soja (-7,14%).

No Brasil, o IPCA-15 teve queda de 0,07% em julho, também por causa da retração dos preços de energia elétrica. É o primeiro recuo após nove meses no campo positivo. Em junho, o indicador havia avançado 0,04%. A queda na tarifa de energia se deve ao chamado bônus de Itaipu, creditado nas contas de luz de julho. Esse bônus ocorre quando há saldo positivo na Conta Comercialização da Energia Elétrica de Itaipu, a hidrelétrica binacional. Em 2022, o saldo foi de R$ 405,4 milhões.

Wanderley de Faria é jornalista especializado em Economia e Negócios, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA/FEA/USP - BM&FBovespa

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