terça-feira, 30 de abril de 2024
BC projeta lenta redução para os juros básicos

BC projeta lenta redução para os juros básicos

A expectativa do BC é que a taxa Selic chegará ao final de 2024 e 2025 em 9% e 8,5% ao ano, respectivamente. Hoje está em 12,75%.

28 de setembro de 2023

O Banco Central (BC) projeta uma lenta redução para os juros básicos (taxa Selic) até 2025. Ela consta no Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado nesta quinta-feira (28/9) pela instituição. A previsão de inflação, calculada pelo IPCA, para este ano se manteve em 5%, a mesma do relatório de junho. Para isso, o BC projeta cenário com taxa básica de juros em 11,75% ao ano e câmbio em R$ 4,90.

Contudo, para 2024 e 2025, a expectativa é que o IPCA fique em 3,5% e 3,1%, respectivamente. Nessa trajetória, a taxa Selic chegaria ao final de 2024 e 2025 em 9% e 8,5% ao ano, respectivamente.

Na semana passada o Copom do BC decidiu reduzir a taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. No relatório divulgado nesta quinta-feira, o BC afirma que a política monetária se situa “em terreno contracionista e há a expectativa de que se mantenha assim no horizonte de previsão, ainda que esteja sendo gradualmente flexibilizada”.

PIB

O BC elevou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2% para 2,9%, em razão, sobretudo, da “surpresa com o crescimento no segundo trimestre”. A instituição também faz previsões “ligeiramente mais favoráveis” para a evolução da indústria, de serviços e do consumo das famílias no segundo semestre de 2023.

Entretanto, o BC pondera que o forte crescimento no primeiro semestre do ano se deve, em parte, a fatores transitórios. “Permanece a perspectiva de que a atividade cresça em ritmo menor nos próximos trimestres e ao longo de 2024”, avalia. No primeiro trimestre deste ano, o setor agropecuário puxou o crescimento do PIB de 1,9%, devido ao ótimo resultado das safras recordes de soja e milho. No segundo trimestre, os desempenhos da indústria e dos serviços explicaram também a alta do crescimento da economia.

“Os impactos diretos e indiretos da forte alta da agropecuária no primeiro semestre de 2023 devem se dissipar no restante do ano e, para 2024, não se projeta alta tão expressiva do setor”, avalia o BC. Que, pela primeira vez, apresentou a previsão de crescimento do PIB para 2024: 1,8%. Isto por conta de variações nos componentes da oferta e da demanda mais homogêneas do que as previstas para este ano.

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