quarta-feira, 1 de maio de 2024
Brasil volta a ter os juros reais mais altos do mundo

Brasil volta a ter os juros reais mais altos do mundo

O Brasil voltou a ter os maiores juros reais do mundo em novembro, com 6,9% ao ano. Passou o México, que aparece em segundo, com 6,89%.

6 de novembro de 2023

O Brasil voltou a ter os maiores juros reais do mundo em novembro, com 6,9% ao ano. A projeção é “ex-ante”. Ou seja: quando os juros anualizados são estimados com base nas projeções da taxa básica de juros, Selic, e a inflação estimada para os próximos 12 meses. O patamar elevado se dá mesmo depois de o Copom do Banco Central promover um novo corte de 0,5 ponto percentual da Selic. Que, atualmente, está em 12,25%. Os dados são do economista Jason Vieira, da consultoria MoneYou.

O Brasil passou o México, que aparece em segundo, com 6,89%. A Colômbia atingiu 5,48% e ocupa a 3ª posição. Economias robustas, como a Rússia (3,69%) e os Estados Unidos (1,62%), surgem em 7º e 13º lugares, respectivamente. A Argentina, por sua vez, é a 40ª colocada, com juros reais negativos (-10,87%). O país sul-americano sofre com inflação elevada: o percentual foi a 138,3% em setembro.

Em termos nominais, ou seja, sem descontar a inflação prevista, o Brasil está em segundo lugar, atrás da Argentina, onde a taxa básica de juros está em 91% ao ano. O país está atrás da Colômbia, Hungria e Chile.

Mundo

As altas de juros ao redor do mundo continuam ganhando força, com cada vez mais bancos centrais indicando preocupação com a inflação, apesar da diminuição no preço das commodities. Entre 176 países, 66% mantiveram os juros, 52% aumentaram e nenhum cortou, da última reunião do Copom, em março, para cá.

Saiba mais: Juros: Fieg volta a criticar conservadorismo do BC

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