Estudo realizado por empresa goiana em 12 setores da manufatura indica a transformação digital como uma demanda urgente.
Um estudo inédito sobre as principais preocupações da indústria no Brasil aponta que o maior desafio do setor é melhorar a produtividade. Para 63,8% dos consultados, os processos ineficientes os impedem de superar tal desafio. Destes, 52,6% afirmaram que o desempenho de produção de suas fábricas continua com base em relatórios ou planilhas. E em 14% dos casos sequer utilizam um modelo efetivo para esse monitoramento.
Realizado pela empresa goiana Cogtive, que hoje tem sede em São Paulo (SP), em conjunto com a Leanstart, o estudo envolveu uma centena de indústrias de 12 setores e dos mais variados portes.
Para o CEO da Cogtive, Reginaldo Ribeiro, o estudo constata que os desafios relacionados à busca por melhor produtividade estão entre as maiores dores da manufatura nacional. “Surpreendentemente, 100% dos entrevistados reconheceram problemas nesse quesito”, frisa.
Ele classifica como alarmante o fato de 63,8% dos consultados citarem ‘processos ineficientes’ como obstáculo. Principalmente, porque muito dessa ineficiência pode ser atribuída à falta de automação e à dependência de métodos manuais para a gestão fabril.
Conforme a pesquisa, os industriais brasileiros demandam por soluções que resultem na transição de processos manuais para sistemas automatizados e integrados. Dos consultados, 32,76% afirmam não dispor de inovação implementadas.
“A transição requer uma mudança cultural, onde a inovação é incentivada, os riscos são gerenciados e a aprendizagem contínua é incorporada em todos os níveis da organização”, diz Ribeiro.
Dos entrevistados, 81% foram representantes de indústrias dos seguintes setores: farmacêutica, alimentos e bebidas, química, cosméticos, automotivo e metalurgia.
Outros 19% dos setores têxtil e vestuário, plástico, papel e celulose, eletrônicos, petroquímico e materiais de construção. Participaram indústrias de dois níveis de dimensão: com mais de 70 equipamentos produtivos, e com 50 a 70 equipamentos produtivos.