O rendimento médio mensal real dos goianos alcançou R$ 2.960 no ano passado, o maior da série histórica do IBGE, iniciada em 2012.
O rendimento médio mensal real dos goianos alcançou R$ 2.960 no ano passado. Trata-se de um crescimento de 13,8% em relação ao valor em 2022 (R$ 2.601). É o maior da série histórica iniciada em 2012. Segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (19/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pela primeira vez, Goiás superou o rendimento médio nacional, que foi de R$ 2.846, quando consideradas todas as fontes. Também é o segundo aumento real após quatro quedas seguidas, ocorridas de 2018 a 2021.
Por outro lado, pelo terceiro ano consecutivo, a concentração de renda cresceu em Goiás.
O índice de Gini do rendimento médio mensal real habitualmente recebido em todos os trabalhos foi de 0,454 no estado em 2023. Acima do estimado em 2022 (0,434). O índice mede a distribuição de ganhos pela população numa escala de zero a 1, quanto menor, melhor.
Já o rendimento médio mensal (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência) foi de R$ 2.970,00 em Goiás no ano passado.
Conforme o IBGE, na comparação por sexo, o rendimento das mulheres foi de R$ 2.387, o que representava 70,3% dos rendimentos dos homens (R$ 3.395). Por cor ou raça, o rendimento médio mensal das pessoas de cor preta foi de R$ 2.299. Correspondeu a 58,5% do rendimento médio das pessoas de cor branca (R$ 3.929).
Na análise por nível de instrução, a diferença era ainda mais expressiva. As pessoas sem instrução tinham rendimento médio mensal de R$ 1.555, o que correspondeu a 27,8% do rendimento das pessoas com ensino superior completo. Em 2022, as proporções eram de 68,1%, 65,6% e 28,8% respectivamente.
O IBGE também destaca que os rendimentos médios mensais de aposentadoria e pensão foram recordes em Goiás no ano passado. Subiu de R$ 2.142 para R$ 2.583, aumento de 20,6%. Aluguel e arrendamento também subiram, saindo de R$ 2.151, para 2.430, aumento de 13,0%), que superou o recorde atingido em 2022.
A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita goiana totalizou R$ 14,6 bilhões em 2023, 21,4% maior do que o estimado para 2022, cujo valor foi de R$ 12 bilhões, atingindo no último ano o maior valor da série histórica da PNAD Contínua.
Em 2023, 1% da população residente em Goiás com os maiores rendimentos detinha mais massa de rendimentos domiciliar per capita do que os 30% mais pobres. Com menos de 13% dos domicílios recebendo Bolsa Família, Goiás é o sétimo estado com a menor proporção do país.