segunda-feira, 24 de março de 2025
Goiás terá 129 usinas de energia solar até 2029

Goiás terá 129 usinas de energia solar até 2029

Previsão consta do relatório divulgado nesta terça-feira (14) pelo Coinfra-Fieg. Outras 16 usinas serão de projetos de biomassa e hídrica

14 de maio de 2024

Com previsão de dar partida, entre 2024 e 2029, à operação comercial de 145 usinas de energia, das quais 129 de origem solar, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Goiás tem cenário altamente promissor de expansão da capacidade energética do Estado.

É o que aponta o Relatório de Infraestrutura de Goiás – Energia Elétrica 2024, divulgado nesta terça-feira (14/05) pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), por meio do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra).

A perspectiva vem ao encontro de movimentos no mundo inteiro em busca de produção mais sustentável, tanto por parte do setor produtivo quanto da população, mobilizada por essa tendência.

Energia solar

A distribuição dos projetos ao longo dos anos com ênfase no desenvolvimento da energia solar, com previsão de geração de 6.295,55 MW, reflete a tendência global de transição para fontes de energia renováveis.

Conforme o estudo, também pode ser indicativo de políticas de incentivo para a diversificação da matriz energética e de esforços para redução da dependência de fontes de energia não renováveis.

Para o Estado de Goiás, o estudo analisa essa tendência como positiva, pois além de gerar energia limpa, esses projetos podem trazer desenvolvimento econômico, empregos e tecnologia para a região.

De acordo com a Fieg, a presença de projetos de biomassa e hídrica também indica esforço para manter uma matriz energética diversificada, o que pode ajudar a mitigar riscos associados à variabilidade na geração de energia solar e hídrica.

“A projeção de crescimento na capacidade de geração de energia, especialmente solar, poderá ser um vetor estratégico para o avanço da infraestrutura goiana, contribuindo para sua competitividade econômica e sustentabilidade ambiental”, complementa o relatório.

Relatório

Em sua oitava edição, a publicação do Coinfra-Fieg não apenas contempla o panorama da geração de energia no Estado como também categoriza e examina, meticulosamente, aspectos como distribuição de energia elétrica; análise dos reajustes tarifários; avaliação do consumo energético no território goiano; análise financeira da Equatorial Goiás; e indicadores de frequência e duração de interrupções (FEC e DEC) das distribuidoras.

“O conteúdo principal de energia elétrica poderá servir de subsídios para orientação de planos e ações da Fieg, tomada de decisões das empresas e atuação política da Federação, dos sindicatos e demais instituições da sociedade goiana”, afirmam os presidentes da Fieg, Sandro Mabel, e do Coinfra, Célio Eustáquio de Moura, na apresentação do documento.

Segundo ele, a expectativa é que a publicação contribua para a continuidade do crescimento socioeconômico do Estado de Goiás e para o avanço da competitividade das empresas goianas, a partir da melhoria das condições de infraestrutura requerida pelos setores industrial, agropecuária, comercial, mineral e de logística.

Indústria

No setor industrial, por exemplo, o consumo de energia manteve-se estável entre 2021 e 2022, não apresentando variação, o que pode sugerir diferentes cenários. Um deles diz respeito à eficiência energética, ou seja, uma possibilidade mais positiva é que o setor industrial pode ter mantido o mesmo nível de produção com consumo energético mais eficiente. Isso significaria que, embora o consumo de energia não tenha aumentado, a produção pode ter crescido ou se tornado mais eficiente em termos energéticos.

Outro aspecto indica a migração para o mercado livre, pelo qual parte da indústria pode ter optado, em busca de custos mais competitivos. Isso reduziria o consumo no mercado cativo, sem necessariamente indicar redução na atividade industrial.

O Sistema Fieg  já deu exemplo ao incluir, em seus projetos de ampliação e modernização da rede de unidades no Estado. Em dezembro do ano passado, foi inaugurada usina fotovoltaica na Faculdade Senai Fatesg, no Setor Universitário, em Goiânia. A estrutura tem capacidade para gerar 325 megawatts hora por ano, que vai atender 90% da energia consumida pela unidade.

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