A usina terá 731 mil painéis solares, distribuídos em uma área de aproximadamente 800 hectares e deve entrar em operação em 2026.
A empresa brasileira Newave Energia anunciou a construção da maior usina solar de Goiás, em Barro Alto, a 226 quilômetros de Goiânia. Os investimentos superam a marca de R$ 1,3 bilhão, com expectativa de gerar 1,5 mil empregos diretos na construção. A Newave Energia resulta de uma junção da JV da Gerdau e Newave Capital.
O anúncio aconteceu nesta segunda-feira (30/9) no Centro Administrativo do Governo de Goiás, em Goiânia, com o governador Ronaldo Caiado. “Nosso estado oferece muitas vantagens, é competitivo”, destacou Caiado.
O CEO da Newave Energia e fundador da Newave Capital, Edgard Corrochano, disse estar “impressionado com a velocidade e eficiência” para fechar negócios em Goiás. “Estamos democratizando o acesso a energias renováveis para pequenas e médias empresas. Estamos aqui para competir com a Equatorial, queremos trazer competitividade para a indústria em Goiás”, afirmou.
Corrochano destacou que o projeto será inteiramente financiado com capital brasileiro. Parte dos recursos virá de capital próprio e outra, da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), em linha operada pelo Banco do Brasil. “Captamos mais de 900 milhões de reais no FIP com mais de 15 mil investidores”, disse.
A unidade terá 731 mil painéis solares, distribuídos em uma área de aproximadamente 800 hectares. Quando entrar em operação, será responsável por aumentar em 22% a capacidade de geração de energia solar em Goiás. Segundo a empresa, o recurso para construção do projeto em Goiás é proveniente de capital próprio e de financiamento via Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).
A usina em Barro Alto terá capacidade de 452 megawatt-pico (MWp) e deve entrar em operação no início de 2026. O volume de energia da usina dá conta de suprir o consumo de uma cidade com cerca de 365 mil habitantes.
Parte da energia gerada pela usina vai para unidades de produção de aço da Gerdau no Brasil, que atualmente vive um processo de descarbonização. O restante será comercializado no mercado livre de energia, segmento em que os consumidores podem escolher seus fornecedores e estabelecer contratos com prazos e preços específicos.