Com sede em Caldas Novas, o Grupo Agro Pico & Lage teve seu pedido deferido pela Justiça no último dia 12.
Mais uma empresa do agronegócio goiano entre em recuperação judicial: o Grupo Agro Pico & Lage teve seu pedido deferido pela Justiça no último dia 12. Com sede em Caldas Novas, atua na produção de soja e milho.
Segundo informação do Globo Rural, o grupo goiano acumula dívidas de R$ 35 milhões. São 60 credores na lista da empresa, entre eles, Banco do Brasil, Sicoob, Agrolend e revendas de insumos.
A empresa afirma que não há uma crise operacional, apenas uma crise de estrutura de capital. Ela afirma que a crise financeira teve início na safra 2022/23, após problemas com o clima que afetaram a produção e ainda a queda no preço da soja.
Em abril deste ano, a AgroGalaxy informou que teve o seu plano de recuperação judicial aprovado em assembleia geral de credores. A distribuidora de insumos agrícolas entrou com o pedido de recuperação judicial em setembro de 2024, quando reportou um passivo de R$ 4,6 bilhões.
A Quist Investimentos coordena a recuperação judicial do Grupo Agro Pico & Lage em conjunto com a RM&F Advogados. Segundo seu comunicado ao mercado, a empresa pretende manter as operações normalmente durante o processo na Justiça. Os advogados reiteram que não há previsão de venda de ativos ou mudança de estrutura societária no momento.
O Grupo Agro Pico & Lage justifica que adquiriu dívida para capital de giro e investimentos. Mas os juros base saíram de 2% para quase 15% ao ano. Além disso, a soja saiu de R$ 180 para R$ 100 a saca, mudando todos os planejamentos.
“É por isso que tantos produtores nessa condição tem pedido recuperação judicial como única alternativa de continuar os seus negócios e não perder seus patrimônios”, avalia Douglas Duek, CEO da Quist.