Estado inicia estudos para privatizar a Celg GT

Usina hidrelétrica de Corumbá 3 é uma das quatro da Celg GT

O governo de Goiás determinou que a Celg Geração e Transmissão, através da holding CelgPar, contrate empresa ou consórcio de empresas para elaborar estudos e posterior assessoria, para alienação das ações da estatal goiana, inclusive suas participações em outros empreendimentos. Não há perspectiva de quando a empresa possa ser colocar à venda no mercado, mas fontes no governo estadual informaram ao portal EMPREENDER EM GOIÁS que isso possa acontecer até o final deste ano.

Seria uma forma do Estado, segundo estas fontes no governo, demonstrar que busca atender as exigências para Goiás ter a sua adesão aprovada ao programa federal Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e compensar o fato de que não deve colocar à venda o controle majoritário da Saneago, mas apenas 49% das ações da estatal de saneamento básico.

Depois das privatizações da Usina Hidrelétrica de Cachoeira Dourada (1998) e da Celg Distribuição (2016), a Celg GT é a única empresa pública restante no sistema de energia elétrica de Goiás, em que o Estado detém 99% do controle acionário. Atua na geração de energia hidrelétrica, com quatro usinas (São Domingos, Rochedo, Mosquito e Corumbá 3) e na transmissão de energia com 14 subestações conectadas ao Sistema Interligado Nacional e interligadas através de uma rede de transmissão em 230 kV com 755,5 quilômetros de extensão, em sua grande maioria em Goiás.

O faturamento da Celg GT, de janeiro a setembro do ano passado (último dado oficial disponível), foi de R$ 153,5 milhões, com lucro acumulado de R$ 45,1 milhões. Este resultado apresentava pequena redução de 3% em relação aos de 2018 no mesmo período. O valor dos ativos da estatal era estimado, em setembro de 2019, em R$ 1,393 bilhão.