Goiás fechou 19.194 de vagas com carteira assinada em abril, segundo números do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia. Esse é o primeiro retrato oficial do impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho. Goiás foi o Estado que mais registrou fechamento de postos de trabalho na […]
Goiás fechou 19.194 de vagas com carteira assinada em abril, segundo números do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia. Esse é o primeiro retrato oficial do impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho. Goiás foi o Estado que mais registrou fechamento de postos de trabalho na Região Centro-Oeste no mês passado, à frente do Distrito Federal, com – 15.340; – Mato Grosso, – 11.531 e Mato Grosso do Sul, – 6.992. No país, ficou em 10º lugar.
De acordo com o Caged, Goiânia liderou o ranking estadual, com o fechamento de 9.989 vagas, seguida de Caldas Novas (-1.238), Rio Quente (-901), Catalão (-504), Rio Verde (-434), Luziânia (-304), Valparaíso (-265), Senador Canedo (-223) e Trindade (-215).
Já o Brasil fechou 1,1 milhão de vagas com carteira assinada em março e abril, segundo o (Caged) Os economistas já projetam para este ano o fechamento de até 3,5 milhões de postos formais – mais do que o total perdido na crise de 2015 e 2016, quando o saldo líquido acumulado nos dois anos ficou negativo em cerca de 2,8 milhões de vagas.
Em março, quando os efeitos da crise começaram a ser sentidos, foram fechadas 240.702 vagas formais no País. O salto veio em abril, com a perda de 860.503 postos, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica da Secretaria Especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia – em 1992. Considerando os resultados de janeiro e fevereiro (que, ainda a salvo da crise, terminaram com a abertura vagas formais), o saldo desde o início do ano está negativo em 763,2 mil vagas.
“A perspectiva é de impacto que deve repetir a crise de 2015 e 2016 em um ano só. Mas as crises são diferentes. Em 2015 e 2016, a economia foi contaminada aos poucos, com efeito na receita das empresas e nas demissões de forma gradual. Agora, o impacto é concentrado e abrupto”, disse o economista Cosmo Donato, da LCA Consultores.
Ele acrescentou que o governo deveria agir para salvar as empresas, evitar falências, sob o risco de uma crise mais profunda este ano e ausência de recuperação em 2021. Na LCA, segundo Donato, as discussões são de que seriam necessárias linhas de crédito com juros subsidiados para as companhias. (Com agências)