Os representantes das entidades de classe empresariais querem mais atenção dos candidatos ao cargo de prefeito de Goiânia nas eleições deste ano no que diz respeito às propostas para o setor produtivo. Eles apontam que os maiores problemas, do momento, ainda não foram priorizados. Citam as questões de como acabar, ou ao menos reduzir, a […]
Os representantes das entidades de classe empresariais querem mais atenção dos candidatos ao cargo de prefeito de Goiânia nas eleições deste ano no que diz respeito às propostas para o setor produtivo. Eles apontam que os maiores problemas, do momento, ainda não foram priorizados. Citam as questões de como acabar, ou ao menos reduzir, a burocracia no governo municipal, a modernização das leis que envolvem diretamente as empresas, principalmente a ambiental, e como será a política de atração de investimentos para a capital e a sua distribuição pelas regiões periféricas.
Os empresários concordam com os três candidatos melhores posicionados nas pesquisas de opinião – Adriana Accorsi (PT), Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD) –, no que diz respeito de criação de polos industriais e tecnológicos. Contudo, batem na tecla da necessidade de se resolver o problema da mobilidade das pessoas, seja por meio do transporte urbano ou privado, além da logística do escoamento da produção.
O presidente-executivo da Associação Pró-Desenvolvimento de Goiás (Adial), Edwal Portilho, diz que os candidatos devem dar atenção, em primeiro lugar, aos problemas burocráticos na Prefeitura de Goiânia no que tange a aprovação de projetos ambientais das empresas já em funcionamento ou que vão se instalar na Capital. “Isso emperra os negócios”, avisa. Ele entende que a implantação de polos tecnológicos na cidade é importante.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, observa que todos os candidatos ao cargo de prefeito de Goiânia estão colocando a criação de polos tecnológicos como primordial, caso sejam eleitos. Mas, alerta que a tecnologia não é a solução para todos os problemas. “É o meio. Goiânia, realmente, precisa ser mais inteligente, conectada e sustentável, mas também precisa incentivar a atração de outras empresas para garantir mais empregos, renda à população e crescimento econômico”, afirma. Contudo, destaca, “antes de tudo precisa ter leis mais modernas, menos burocracia do poder público e este, por sua vez, desinchar a máquina administrativa”.
A expectativa do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, é que o próximo prefeito saiba fazer gestão. “Um bom prefeito não precisa fazer política, ele precisa fazer gestão”, opina. Ele defende também a criação de polos industriais nas regiões periféricas. A tendência, para ajudar a resolver o problema de mobilidade, segundo Mabel, é que as pessoas trabalhem mais próximas de casa, evitando transitar e, muitas vezes atravessar a cidade. A instalação de indústrias, escolas, comércio, bancos, hospitais, nas regiões periféricas beneficia toda a região e ainda diminui o trânsito no Centro da cidade. É preciso repensar Goiânia”, destaca.
Os empresários sugerem aos candidatos à Prefeitura de Goiânia que trabalhem muito em áreas como vestuário, calçados, acessórios e cosméticos e outras pequenas indústrias que não provoquem aglomerações de trabalhadores, além de ofertar cursos de qualificação de mão de obra e facilitar acesso a crédito para que as empresas possam investir em equipamentos de alta tecnologia, além de programas para valorizar a mercadoria produzida em Goiânia.
Principais propostas
Os três candidatos à Prefeitura de Goiânia (são 15 ao todo na disputa) mais bem avaliados em pesquisas de opinião, Vanderlan Cardoso (PSD), Adriana Accorsi (PT) e Maguito Vilela (MDB), já apresentaram suas principais propostas para o crescimento econômico de Goiânia, em sabatinas nas entidades de classe ou mesmo através do encaminhamento dos seus planos de Governo.
Maguito Vilela propõe desburocratizar os trâmites internos do poder público municipal para fortalecer e atrair empresas para Goiânia, realizar obras para garantir mais mobilidade urbana, investimentos em tecnologia e defende a implantação de polos industriais, com empresas não poluentes e que não venham impactar na qualidade de vida da população.
Entre suas principais propostas, Vanderlan Cardoso defende incentivos fiscais para atrair empresas e a implantação de polos de desenvolvimento econômico, sobretudo o de tecnologia. Adriana Accorsi promete a retomada da economia através de incentivos de arranjos locais, como o da Região da 44, investimentos em infraestrutura e abertura de linhas de crédito com juros baixos, além da atração de novos investimentos privados, sobretudo na área de tecnologia.