Abrir o próprio negócio depende de uma série de análises e ponderações. Confira cinco dicas importantes de especialista.
No primeiro semestre deste ano foram criadas 79,5 mil novas empresas em Goiás, mas abrir o próprio negócio depende de uma série de análises e ponderações. Uma escolha errada pode acarretar uma série de problemas e até mesmo matar a iniciativa. É preciso levar em conta que cada segmento possui suas particularidades e requer atenção, mas algumas dicas e orientações são válidas para qualquer negócio. A primeira delas é o interessado saber se possui o perfil de empreendedor.
“Não importa se a pessoa quer empreender por necessidade ou por vocação. É de suma importância conhecer as principais características de um empreendedor de sucesso, pois não adianta apenas força de vontade, recurso e dedicação, é preciso estar habilitado para essa jornada”, diz o analista técnico do Sebrae Goiás Rodson Witovicz. “Também deve-se buscar trabalhar com o que a pessoa se identifica”, acrescenta.
A empresa pode ser constituída de diversas formas. Se o faturamento anual projetado não ultrapassar R$ 81 mil, ela pode ser aberta como Microempreendedor Individual (MEI) e ser enquadrada no Simples Nacional. Acima desse valor, pode ser enquadrada como Sociedade Limitada Unipessoal (SLU, que substituiu a extinta Eireli), Empresário Individual, Empresa Limitada ou Sociedade Simples.
“A principal orientação é procurar um contador para orientar e auxiliar com as informações e documentações exigidas para a abertura de cada tipo de empresa”, esclarece Witovicz, acrescentando que o Sebrae possui consultores especializados e disponibiliza cursos, palestras e oficinas.
Para os potenciais empreendedores que precisam complementar o seu capital para abertura da empresa ou para capital de giro, existem linhas de crédito em diversas instituições financeiras. O analista do Sebrae explica que o empreendedor deve se informar sobre a melhor para ele, cujas exigências para liberação de crédito ele também consegue atender.
“É imprescindível que o empresário tenha uma no mínimo uma boa gestão financeira básica, própria ou terceirizada, já que hoje um dos maiores problemas das empresas é sua gestão financeira/gerencial/contábil”, sugere Witovicz.
Outros pontos que exigem atenção são quanto à necessidade de elaborar e desenvolver um plano ou modelo de negócio e, se possível, testá-lo e validá-lo antes de abrir a empresa. “Essa é a coluna mestra da estruturação do negócio, que vai dar uma visão geral de todas as áreas de atuação, nicho de mercado, público, finanças, marketing, e ainda vai analisar e emitir um parecer informando a viabilidade ou não da abertura do negócio”, sugere o analista.
Também é fundamental conhecer e se adequar às normas legais e exigências para abertura da empresa. Cada município tem suas regras e legislações específicas para abertura de novas empresas conforme os segmentos e atividades de cada empresa.
Finalmente, é preciso pensar no ponto onde o negócio será instalado. Ele tem a ver com o perfil do público que será atendido. Deve-se ter atenção aos obstáculos visuais, como bancas de jornais, fiação e árvores e evitar locais em frente a pontos de ônibus e também à acessibilidade dos potenciais clientes.
Conhecer a vizinhança também é recomendável, assim como analisar a distância de eventuais concorrentes. Também é fundamental, antes de assumir um compromisso de locação ou compra de ponto, certificar-se de que o preço é compatível com a capacidade de investimento do empreendedor, o prazo de retorno e o movimento esperado.