sábado, 27 de abril de 2024
Promessas dos candidatos a governador aos empresários

Promessas dos candidatos a governador aos empresários

Candidatos a governador de Goiás prometem parcerias com o setor privado, redução da burocracia e da carga tributária, e investimentos na infraestrutura do Estado. Confira suas principais propostas.

30 de agosto de 2022

Os quatro principais candidatos ao governo de Goiás na eleição deste ano são unânimes: o Estado reúne condições para conquistar maior destaque no cenário econômico nacional. Como? A maioria aponta que o caminho passa por parcerias com o setor privado, reduzir a burocracia e a carga tributária. Além de promover maiores investimentos na infraestrutura do Estado, principalmente na malha rodoviária.

Os candidatos da oposição acusam o atual governo de falta de diálogo e poucos investimentos; a atual gestão destaca que a economia goiana está entre as que têm se recuperado mais rápido da pandemia da Covid-19. Confira as principais propostas dos candidatos ouvidos pelo Fórum das Entidades Empresariais de Goiás, nesta segunda-feira (29/8), em Goiânia.

Gustavo Mendanha

O candidato da oposição Gustavo Mendanha (Patriota) prometeu reduzir a carga tributária sobre as empresas e dar segurança jurídica (incentivos fiscais) aos investimentos privados no Estado. “Vamos facilitar o acesso às linhas de crédito, desburocratizar a vida dos empreendedores, investir pesado em tecnologia. Goiás é muito rico, tem posição geográfica privilegiada, mas tem perdido empresas para outros Estados por falta de diálogo do governo com o setor produtivo”, afirmou.

O candidato da oposição também criticou o estado das rodovias estaduais. “Mais de 60% estão precárias, o que toda a logística do setor produtivo. O atual governo tem mais de R$ 8 bilhões em caixa e pouco usa para melhorar a logística do Estado. Nossa prioridade será recuperar e modernizar a malha rodoviária, principalmente as rodovias que atendem os polos econômicos de Goiás”, frisou Mendanha.

Outras promessas foram zerar o Difal (diferença de alíquotas do ICMS) sobre o comércio, ampliar a oferta de energia elétrica em parceria com o setor privado e expandir a rede de fibra óptica no Estado. “A pós-pandemia também será um momento desafiador. Só teremos condições de reaquecer a economia se o governo estiver aberto ao diálogo. Meu compromisso é de manter um canal aberto permanente com o setor produtivo goiano que, inclusive, será convidado a indicar bons nomes para os quadros do governo”, afirmou.

Wolmir Amado

O candidato ao governo do PT, Wolmir Amado, disse estar muito preocupado com a redução do setor industrial em Goiás. “Faltam mais incentivos. Esses benefícios precisam ser modulados por cadeias produtivas, mas não podemos é continuar como está hoje. Além disso, também vamos promover a inclusão social, que vai gerar maior consumo e, consequentemente, maior crescimento econômico”, diz.

O petista defendeu a inovação na gestão pública (principalmente no marketing, processos e custos), para gerar maior competitividade e credibilidade ao Estado perante os investidores privados. E também defendeu maiores investimentos na infraestrutura, especialmente na malha rodoviária. “Faremos intervenção imediata nas cinco principais rodovias estaduais que atendem maior parte do setor produtivo, com restauração e duplicação de pistas onde não existe”, afirmou.

Vitor Hugo

Já o candidato Vitor Hugo (PL) aposta na reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) para, caso ele eleito governador, o Estado possa avançar em parcerias com a União. “O presidente fez muito mais por Goiás nestes últimos quatro anos do que o governo local. Podemos criar três grandes polos industriais no Estado: do turismo, da defesa (fabricação de armamento para as Forças Armadas) e de mineração. Para isto, queremos o setor produtivo como maior parceiro do nosso governo”, frisou.

Vitor Hugo prometeu promover a “desburocratização do Estado”, principalmente na exigência de licenças para investimentos, com a promoção de um “revogaço” de decretos existentes no governo. Também prometeu criar a Secretaria Especial de Programa Parceria de Investimentos e renegociar com o governo Bolsonaro (se reeleito) a exigências do Regime de Recuperação Fiscal do Estado.

Ronaldo Caiado

O governador-candidato Ronaldo Caiado (União Brasil) destacou as medidas que a sua gestão adotou nos últimos quatro anos para promover o crescimento econômico do Estado e atrair novos investimentos privados. Entre eles, destacou: a criação do programa de incentivos fiscais ProGoiás, com a desburocratização do crédito e redução de custos operacionais para as empresas; maior acesso ao crédito (GoiásFomento, FCO e Fundeq); redução do tempo para a abertura de empresas; maior agilidade na liberação das licenças ambientais; investimentos na recuperação e pavimentação de quase 5 mil quilômetros de rodovias estaduais; entre outros.

Favorito para a eleição estadual deste ano, segundo as pesquisas eleitorais mais recentes, Caiado evitou fazer novos compromissos ou promessas. Um dos poucos citados foram a criação do programa Estradas Digitais, que disponibilizará rede de fibra óptica nos 246 municípios goianos; aumentar o limite do FCO do cooperativismo para R$ 400 milhões e investir na ampliação do IncubaCoop, em parceria com as cooperativas.

Entretanto, chamou a atenção dos empresários seu discurso para rebater que Goiás tem perdido investimentos privados, especialmente no setor industrial. O governador citou que a redução do setor industrial é um problema nacional, por conta da concorrência “desleal” com a China, e que em Goiás este problema tem sido amenizado. Também rebatou que há falta de diálogo do seu governo com investidores. Disse que, a partir de setembro, o seu primeiro escalão vai ter reuniões permanentes com o setor produtivo goiano. E que ele, pessoalmente, vai promover “reuniões estratégicas” a cada dois meses com as lideranças empresariais do Estado.

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