terça-feira, 30 de abril de 2024
Goiânia tem a maior alta da inflação no País

Goiânia tem a maior alta da inflação no País

Depois de três meses seguidos de deflação, o IPCA-15 ficou em 0,56% este mês na capital goiana.

25 de outubro de 2022

A alta foi puxada principalmente pelo aumento de 39% das passagens aéreas

Goiânia tem a maior alta da prévia da inflação no País. Depois de três meses seguidos de deflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,56% este mês na capital goiana. É considerado a prévia da inflação oficial do País, conforme informações divulgadas nesta terça-feira (25/10) pelo IBGE.

Goiânia e Brasília registraram o maior índice de aumento entre as 11 regiões pesquisadas. Portanto, a variação acumulada no ano atinge 3,42% na capital goiana. No acumulado em 12 meses, alcança 6,08%.

A alta do indicador foi puxada pelo aumento de 39% nos preços das passagens aéreas e pelo reajuste nos preços dos grupos veículo próprio (1,32%), serviços pessoais (1,10%) e alimentação fora do domicílio (1,33%). Também apresentaram aumento os itens higiene pessoal (1,72%), plano de saúde (1,36%) e transporte público (7,44%).

Gasolina

Entre os subitens, destacam-se a gasolina (0,89%), o automóvel usado (1,68%), o automóvel novo (1,64%), o lanche (2,51%) e o serviço bancário (1,19%). A gasolina, que voltou a subir após quatro meses de quedas seguidas, mantém acumulado negativo em 2022 (-30%). Destaca-se também a passagem aérea, que acumula alta de 30% no ano e 51,7% em 12 meses.

A análise por grupos mostra que, dos nove pesquisados, seis subiram na prévia da inflação de outubro em Goiânia e influenciaram a variação positiva no índice geral. Entre eles, os grupos com maiores pesos na cesta de compras das famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos são transportes. Subiram 1,38% no mês; seguido da alimentação e bebidas (0,38%); e saúde e cuidados pessoais, com ata de 1,03%.

Destacam-se também os aumentos em despesas pessoais (0,82%) e vestuário (1,13%). O grupo artigos de residência foi o que apresentou a maior queda do mês, -1,35%. Contudo, o grupo em questão acumula alta de 9,69% no ano.

Saiba mais: Goiânia tem 3º mês de inflação negativa

Wanderley de Faria é jornalista especializado em Economia e Negócios, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA/FEA/USP - BM&FBovespa

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