sábado, 4 de maio de 2024
Turma do Cabeça Oca vai dobrar de tamanho

Turma do Cabeça Oca vai dobrar de tamanho

Empesa goiana prepara expansão de seus produtos, livros e peça teatral para outros Estados e lançará desenho animado.

12 de fevereiro de 2023

Cartunista e empresário Christie Queiroz criou personagem aos 5 anos de idade

Com investimentos constantes na diversificação de seus produtos, a Turma do Cabeça Oca começou 2023 com o pé no acelerador e a perspectiva de dobrar de tamanho até o final do ano. Por isso, o quadro atual de 30 colaboradores já está em ampliação, revela ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG) o empresário e cartunista Christie Queiroz. Só para exemplificar, o espetáculo teatral do grupo, “Turma do Cabeça Oca – razões para viver”, deve ser visto por 215 mil crianças no primeiro semestre. E isto apenas em Goiás, Tocantins e Distrito Federal.

Na seara literária, há três livros prontos para lançamento, que marcarão a chegada da Turma do Cabeça Oca ao Rio de Janeiro e ao Paraná. Além de outros seis em produção. Ao longo dessas pouco mais de três décadas, foram quase 700 mil livros vendidos.

Mas não é apenas para estados brasileiros que o negócio – voltado para literatura, teatro e quadrinhos infanto-juvenis com uma forte proposta pedagógica – está se expandindo. Entre as novas contratações, destacam-se duas tradutoras, uma de italiano e outra de espanhol. Dois livros foram traduzidos e serão lançados na Itália: “Testa in aria” e “Amicizia per sempre”.

Christie Queiroz revela que a turma está chegando às escolas do Rio de Janeiro e do Paraná com os livros “Cabeça Oca visita o Rio”, “Cabeça Oca em Curitiba” e “Cabeça Oca e os Encantos do Paraná”. “São livros para abrir caminhos para o personagem na região, tanto nas escolas como nas livrarias”, diz.

Inovação

Por outro lado, 2023 será um ano de investimentos também em inovação. Christie Queiroz adianta que tem preparado a equipe para iniciar a produção de animações. “Iniciamos o protótipo de uma série para apresentar para plataformas de streaming”, revela. Para implementar esse projeto, foram contratados um roteirista em Ribeirão Preto (SP) e também uma desenhista no Paraná. “Estou estudando tudo para fazer com cuidado, no tempo certo”, diz o empresário. “São muitos projetos, muitas coisas acontecendo e outras ainda por acontecer”, frisa.

Para Christie Queiroz, o diferencial para esse crescimento sustentado é que, desde o início, há a concepção enraizada de que todos os envolvidos são produtores de conteúdo. “Onde quer que vamos, é preciso fazer a diferença. Seja no celular, no computador, no impresso, no jornal, em livro, na tela ou na loja”, frisa.

A Turma conta com uma loja virtual e também uma loja física, na Rua 55, no Centro. Aliás, no local também funciona a empresa, em quatro salas. Mas o espaço se tornou pequeno para tantas atividades, mesmo tendo profissionais atuando de forma remota em outros estados e países. “Estamos procurando uma sede maior”, diz Christie.

Precoce

Christie Queiroz criou o Cabeça Oca aos 5 anos de idade. Ele estava de frente para o espelho, fazendo um “autorretrato”, quando sua mãe, Regina, passou e disse: “Você é um cabeça oca”. “Eu disse a ela que seria desenhista, que publicaria livros, gibis e seria famoso. Ela acreditou em mim. Em suma, mesmo sempre uma família pobre, sempre tive meu material de desenho, minha mãe nunca deixou faltar”, lembra o cartunista, hoje com 50 anos.

Foi Regina quem o levou ao jornal O Popular para mostrar seu trabalho. Saiu de lá contratado e sua primeira tirinha foi publicada em 5 de novembro de 1989. Dessa forma, seu trabalho foi crescendo e se tornou conhecido. Nos primeiros livros que publicou, Christie Queiroz teve dissabores com os editores. Assim, desde o início, criou a CNQ Editora, que publica todas as suas obras. “Nunca deixei de acreditar. Desde pequeno, tinha minhas metas”, enfatiza.

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