quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Empresas goianas lançam produtos inovadores

Empresas goianas lançam produtos inovadores

Para desenvolver os produtos, os empresários goianos contaram com o apoio de pesquisadores e consultores do Instituto Senai de Tecnologia.

3 de março de 2023

Primeiro produto desenvolvido em parceria com o Senai que chegou ao mercado foi o Eco Unhas

Cinco empresas goianas, sendo três pequenas e duas de médio porte, estão lançando no mercado produtos inovadores. São desenvolvidos com assessoria técnica do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas. Em comum, todos estão tendo a primeira experiência de inovação com captação de recursos. O primeiro a chegar ao mercado foi o removedor de esmalte verde, o Eco Unhas, criado pela empresa Cruzeiro Industrial, instalada em Aparecida de Goiânia. Ele é livre de solventes convencionais orgânicos e dibutilftalato, eficientes na remoção de esmaltes proporcionando hidratação.

Os outros quatro ainda estão em fase de desenvolvimento da embalagem final. Gerente do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, Karolline Fernandes informou ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG) que eles deverão chegar ao mercado até maio, prazo suficiente para a confecção das embalagens e a produção do lote-piloto.

São eles: a bebida fermentada (kombuchá) desenvolvida pela Tropicale Nutri Fruit Ltda, de Pirenópolis, a partir do néctar gerado como subprodutos durante o processamento de frutas, na indústria; a cachaça gaseificada envelhecida em madeiras do Cerrado produzida pela Callida – Comércio e Indústria de Bebidas, de Cristalina.

Tem ainda o snack de pimenta Jalapenho em pungência, criado pela Mendes Alimentos, de Anápolis, que já produz pimentas e condimentos; completa a lista o protetor solar orgânico desenvolvido pela Floê Cosméticos, de Caldas Novas, que contém derivados de buriti, copaíba e pequi (saiba mais aqui).

Inovação

No intuito de desenvolver os produtos, os empresários contaram com o apoio de pesquisadores e consultores do Instituto Senai de Tecnologia. Até chegar a esse ponto de disponibilizar os produtos finais, foram dois anos de pesquisa, desenvolvimento e captação de recursos. “Isso mostra que é possível para uma empresa pequena, que não tem capital suficiente, inovar”, diz Karolline Fernandes. Para tanto, os projetos contaram com suporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

Para ser caracterizado como uma inovação tecnológica, há um protocolo a ser seguido e há necessidade de comprovar que não há produto igual. “A cachaça da Callida, por exemplo, é inédita no mundo e é fabricada em um alambique artesanal, onde o produtor conta com apenas um funcionário”, exemplifica a gerente do Instituto Senai. Nesse sentido, é importante também a consultoria jurídica, para atender aos requisitos legais, e sobre os aspectos regulatórios.

Karolline Fernandes diz que é gratificante trabalhar com inovação e ver as ideias saindo do papel e chegando às prateleiras. “Estamos contribuindo para empresas goianas se posicionarem, com produtos de elevado padrão de qualidade, o que comprova que o que falta, na maioria das vezes, é o suporte técnico e financeiro”, avalia a gerente. Ela acrescenta que muitas pessoas pensam que inovar é difícil ou precisa de alguma ideia muito disruptiva. “Há recursos disponíveis, o que faltam é bons projetos para captá-los”.

Saiba mais: Projeto para incentivar a inovação em Goiás

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