Estado pede mudanças no entreposto da Zona Franca

A minuta do edital da licitação para a instalação de um entreposto da Zona Franca de Manaus (ZFM) no em Anápolis (GO) já ficou pronta. Foi elaborada pelo governo do Amazonas, que fará a concorrência. No entanto, o documento foi submetido ao governo de Goiás, que é parceiro e acompanha o processo com interesse. O esboço passou pelas Secretarias de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) e da Economia e já foi enviado ao governo do Amazonas, com sugestões.

Em entrevista ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG), o secretário Joel Sant’Anna Braga (SIC) explicou que foram sugeridos ajustes pontuais. Como a redução do tamanho do pátio dimensionado na proposta de edital. Isso porque Anápolis já conta com o Porto Seco Centro-Oeste, destinado à armazenagem e à movimentação de mercadorias importadas ou para exportação. “Nossa intenção é facilitar para quem está trabalhando com a licitação e também para que ela seja atrativa”, justifica o secretário. “Será bom se tivermos sucesso já na primeira licitação”, frisa.

Com efeito, Sant’Anna diz que várias empresas já manifestaram interesse em se instalar em Goiás. “Elas só virão quando o entreposto estiver em funcionamento”, diz. Antes de mais nada, desperta o interesse a posição geográfica de Goiás e a logística das regiões de Anápolis e Aparecida de Goiânia. Além de rodovias, Anápolis conta com duas ferrovias (Norte-Sul e Centro-Atlântica). “São muitas facilidades. Estamos a uma noite de caminhão dos locais que representam 65% do PIB brasileiro, como o interior de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Distrito Federal”, compara o secretário.

Isenções fiscais

Primordialmente, o que torna a ideia do entreposto tão atrativa é o modelo de isenções fiscais da Zona Franca de Manaus. Único no Brasil. O entreposto da ZFM em Anápolis funcionará nos mesmos moldes fiscais. Atualmente, a ZFM abriga cerca de 600 empresas em área de 10 mil quilômetros quadrados.

Joel Sant’Anna Braga participou de feira nacional de metais e gemas, em São Paulo, e fez contatos para a atração de empresas para Goiás. “Todo o ouro extraído em Crixás pela Anglo Gold Ashanti vai para Manaus, para a fábrica da Vivara”, exemplifica. Assim, a ideia é permitir, com o entreposto, que grandes e médias empresas se instalem em Anápolis, usufruindo também da logística da região.

A SIC também está apoiando um projeto da Anglo América, em Crixás, onde são explorados ferro e níquel, para que seja possível deixar ativos depois do fim da exploração.

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