sábado, 4 de maio de 2024
O governo prevê a construção de grande linha de transmissão de Goiás até o Maranhão. O leilão está previsto para o segundo semestre.
O Ministério de Minas e Energia prevê a construção de uma grande linha de transmissão de Goiás até o Maranhão. O leilão da concessão deve acontecer no segundo semestre deste ano. A informação é do ministro, Alexandre Silveira, ao lançar na semana passada o Plano de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica. A expectativa do governo federal é que os investimentos em linhas de transmissão em todo o País somem R$ 56 bilhões para escoamento de energia até 2024.
“Vai ser a execução do primeiro bipolo em corrente contínua (CC) no Nordeste e Centro-Oeste, que ligará a subestação de Graça Aranha, no Maranhão, a de Silvânia, em Goiás. Escoará até 5 GW de energia por meio de uma linha de transmissão de 800 quilovolts. Uma grande capacidade de transportar energia, com uma tecnologia diferente, que vai conseguir dar vazão a esse grande volume de projetos de energia renovável que temos no País”, diz o secretário de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral.
No Brasil existem usinas distantes do centro de carga, o que torna vantajosas as linhas de transmissão de energia elétrica em corrente contínua. Em relação à corrente alternada, a CC proporciona redução de perdas e de custos para grandes distâncias. O leilão oferecerá três lotes que envolvem a construção de empreendimentos em Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins, com prazo de execução entre 60 e 72 meses. A estimativa é de criar 36 mil novos empregos. “Trata-se do maior leilão de transmissão da Aneel. Que, com certeza, trará melhores serviços aos consumidores”, destacou o ministro Silveira.
Segundo ele, o primeiro leilão, que ocorrerá no primeiro semestre de 2023, viabilizará linhas de transmissão e subestações ao longo do Nordeste brasileiro. Os novos sistemas de transmissão serão capazes de aumentar a confiabilidade do atendimento à demanda local. Além de atender à forte expansão de oferta de geração renovável, em especial das fontes solar e eólica, prevista para ocorrer nos próximos anos. O plano também permitirá ampliar a capacidade de intercâmbio entre as Regiões Norte/Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste.
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